Governo divulga texto do novo arcabouço fiscal com regra para crescimento das despesas

Mecanismo será definido no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias

O Liberal
fonte

O Ministério da Fazenda, do ministro Fernando Haddad, divulgou nesta terça-feira, 18, um novo arcabouço fiscal que será enviado ao Congresso Nacional. Entre as medidas, o texto estabelece uma regra para o crescimento das despesas, com piso de 0,6% e teto de 2,5% em relação ao ano anterior, limitado a 70% do aumento das receitas. O mecanismo será definido no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do primeiro ano da legislatura e valerá para o ano em questão do PLDO e para os três anos seguintes.

Além disso, o governo estabeleceu uma meta de primário com intervalos de tolerância de 0,25 para menos e 0,25 para mais em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). As metas serão estabelecidas no PLDO para o ano em questão e os três seguintes. Caso o resultado fique abaixo do piso da meta, as despesas só poderão crescer até 50% do crescimento das receitas do ano anterior.

Para apuração da receita, serão considerados os 12 meses até junho do ano anterior, descontado o IPCA do período, além da receita primária total do Governo Central, deduzida de concessões e permissões; dividendos e participações; valores relativos à exploração de recursos naturais; e transferências legais e constitucionais por repartição de receitas primárias. Essa regra será regulamentada em ato do Ministro da Fazenda.

Marco fiscal de médio prazo

O PLDO terá um marco fiscal de médio prazo, com projeções para os principais agregados fiscais. O Anexo de Metas Fiscais que acompanhar o projeto evidenciará, no período de dez anos, o efeito esperado das metas e a trajetória da dívida pública.

O novo arcabouço fiscal também permite o aumento do gasto em investimentos quando o governo superar a meta de resultado primário do Governo Central. No entanto, esse aumento será limitado, entre os exercícios de 2025 a 2028, a R$ 25 bilhões corrigidos pela inflação entre janeiro de 2023 e o ano a que se referir a lei orçamentária. A regra estabelece que os investimentos podem ser elevados quando o teto da meta de primário for superado e o montante de aumento será até esse excesso. Mas não poderá ultrapassar R$ 25 bilhões.

VEJA MAIS

image Governo mantém isenção de taxas em produtos internacionais; vale para compras de até US$ 50
A medida é direcionada a compras de pessoas físicas. De acordo com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente Lula pediu recuo e resolução administrativa da questão

image 'Eu não conheço a Shein', afirma Haddad sobre empresa chinesa que domina 27% do e-commerce no Brasil
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou não conhecer a marca varejista que domina a venda de roupas e calçados online no país

image Fernando Haddad afirma que governo planeja taxar 500 empresas com ‘superlucros’
Ministro da Fazenda volta a afirmar que o governo não tem a intenção de criar novos tributos ou aumentar as alíquotas existentes

"Caso o resultado primário do Governo Central exceda ao limite superior do intervalo de tolerância, o Poder Executivo federal poderá ampliar as dotações orçamentárias, para o exercício subsequente, em valor equivalente a até o montante excedente, hipótese em que as despesas ampliadas não serão computadas na meta de resultado primário", diz o texto. "Na hipótese de ampliação das dotações ..., os respectivos valores serão destinados a investimentos", completa a proposta.

O texto ainda afirma que a programação destinada a investimentos constante do Projeto e da Lei Orçamentária Anual não será inferior ao montante dos investimentos programados

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA