Financiamentos imobiliários crescem 113%; veja o passo a passo para comprar um imóvel

O volume de financiamentos imobiliários no Brasil teve crescimento de 113% no primeiro trimestre de 2021, em comparação com os três primeiros meses do ano passado. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), as operações entre janeiro e março atingiram o montante de R$ 43,1 bilhões, um valor recorde, com 187,6 mil unidades vendidas. Em 2020, o crescimento das contratações foi de 57,5% no mesmo período, com a liberação pelos bancos de R$ 124 bilhões.

Entre as instituições financeiras, a Caixa Econômica Federal (CEF), nos últimos 12 meses, se firmou como a maior financiadora da casa própria no país, com 68,2% de participação no mercado. No primeiro trimestre deste ano, o banco teve crescimento de 103,1% em contratação de crédito com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), em comparação com o primeiro trimestre de 2020.

Também nos primeiros três meses deste ano, a Caixa informa que realizou 18,6 milhões de simulações e 833,1 mil avaliações de crédito imobiliário, e celebrou 134,8 mil novos contratos, atendendo mais de 485 mil clientes.

“No segmento pessoa jurídica, a Caixa disponibilizou recursos para a construção de 562 novos empreendimentos, 50,3% superior ao primeiro trimestre de 2020. São 68,9 mil novas unidades em produção, gerando 212,6 mil novos postos de trabalho diretos e indiretos. Ao todo, a Caixa possui 7,3 mil empreendimentos e 940 mil unidades em obra. O apoio ao setor da construção civil mantém cerca de 2,3 milhões de empregos, com impacto positivo na economia brasileira”, completa a instituição financeira.

Já a taxa média de juros do crédito imobiliário da Selic (os juros básicos da economia) para pessoas físicas, em março, atingiu o menor valor da série histórica, de acordo com o Banco Central (BC); 6,9% ao ano. Em janeiro do ano passado, o juro médio da modalidade estava em 7,4%.

Para a presidente da Abecip, Cristiane Portella, um aspecto positivo do cenário atual é a possibilidade de obtenção de financiamento por diferentes bancos. “O consumidor acaba tendo mais opções, o que acirra a competição entre os bancos. Com isso, não temos visto o repasse direto da alta da Selic, pelo menos por enquanto”, destaca.

Em março, o BC elevou a Selic de 2% para 3,5% ao ano. Em tese, o aumento também deveria encarecer o juro para o mutuário da casa própria.  “Em um mercado em transformação, os bancos passaram a valorizar ainda mais o relacionamento de longo prazo com os clientes”, diz a executiva da Abecip.

A associação destaca ainda que “enquanto as classes média e alta aproveitam o momento para financiarem imóveis, o governo Bolsonaro zerou verbas para o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ e as obras de 200 mil casas para as classes mais pobres vão ser paralisadas”.

Segundo o Sindicato da Indústria de Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), os dados do primeiro trimestre em Belém e Ananindeua serão divulgados no dia 26 de maio. 

A Caixa Econômica informa que oferece quatro opções de financiamento: o de imóvel novo ou usado; o financiamento de terreno para a construção de um imóvel; as ofertas de habitação social, por meio do ‘Minha Casa, Minha Vida’, e a opção de imóvel comercial.

Passa a passo para comprar um imóvel

Passo 1 - Faça uma simulação. Informe seus dados e descubra o valor da prestação, prazo e outras condições para financiar um imóvel.

Passo 2 - Análise de crédito. Apresente a documentação para os correspondentes bancários ou para o gerente, na agência. É nesse momento que a Caixa identifica as possibilidades de uso do FGTS e o tipo de crédito mais adequado.

Passo 3 - Análise de engenharia. Depois de analisar os documentos, a Caixa vai até o imóvel avaliar o valor de venda e as condições de uso.

Passo 4 - Assinatura do contrato. Após a avaliação da engenharia, ocorre a assinatura do contrato. É necessário registrar o contrato no cartório de imóveis para liberação do crédito.

Passo 5 - Pagamentos das prestações. Ao longo do prazo estabelecido no contrato, são pagas as parcelas mensais do financiamento habitacional. Podem ser utilizadas as modalidades de débito em conta ou pagamento via boleto pelo site ou pelo aplicativo Habitação Caixa.

Fonte: Caixa Econômica Federal