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Feirantes de Belém já percebem aumento na procura por pato para o almoço do Círio

Comerciantes afirmam que clientela deve aumentar a partir da última semana de setembro

Emilly Melo
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A cerca de 40 dias para o Círio de Nazaré, os supermercados e feiras de Belém já registram aumento na movimentação de consumidores que começaram a se preparar para elaborar o tradicional almoço do Círio. Comerciante há 33 anos na Feira da 25, na avenida Romulo Maiorana, Marcelo Carvalho, de 52 anos, relata que percebeu um aumento de 30% na procura pelo pato — ave bastante valorizada na culinária paraense.

Segundo ele, o cenário está otimista, especialmente em comparação com o ano passado, quando as vendas começaram a crescer apenas na semana da celebração da festa religiosa.“A movimentação está lenta ainda, mas a procura dos clientes, antecipando as compras para o Círio, já está 30% maior do que em outros meses”, declara o vendedor.

“Ano passado, a venda só foi na semana do Círio. Neste ano, eu estava com o freezer cheio, e já consegui esvaziar. Na sexta, sábado e domingo, as pessoas já estão vindo atrás de pato para comprar”, aponta Carvalho. “As vendas estão melhores, está saindo bastante”, diz outro vendedor, Guilherme Rayol, de 34 anos, que trabalha há 20 anos também na Feira da 25.

Preço das aves deve aumentar

De acordo com o levantamento de preços feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, seção Pará (Dieese/PA), e com o relato dos feirantes, apesar da movimentação já ser percebida nas feiras livres da capital, a oferta do produto ainda é pequena, mas deverá crescer a partir da última semana de setembro.

A pesquisa do Dieese mostra que, nas feiras do Ver-o Peso e da av. Romulo Maiorana, o preço do pato vivo, pesando entre 2,5 e 3 quilos, pode chegar a mais de R$ 130. Já o pato congelado, comercializado, geralmente, em supermercados, há pouca variedade, com destaque para uma marca de origem catarinense, sendo vendida em torno de R$ 40 o quilo.

A tendência, revela os vendedores, é que os preços das aves subam conforme o Círio se aproxima. “Quanto mais se aproxima do Círio, fica mais caro. O meu revendedor já avisou que vai ter aumento e que vai diminuir o tamanho dos patos”, adianta Marcelo.

A cozinheira Andrea Pantoja, de 54 anos, ressalta que se antecipa na compra dos ingredientes para o almoço do Círio, pois, quando inicia o mês de outubro, os preços disparam. Ela conta que, até dia 15 de setembro, a família já tem o cardápio organizado e os principais alimentos comprados.

“Quando entra agosto e setembro, a gente já começa a se preparar para esse grande dia maravilhoso, que é o nosso almoço do Círio. Quando eu não consigo comprar o pato em agosto, mas de setembro não passa. Porque, geralmente, a gente compra de três a quatro patos para fazer no tucupi. Então, começamos a trabalhar com esse almoço com praticamente um pouco mais de um mês de antecedência”, conta a cozinheira.

Andrea afirma que já comprou os patos que serão usados. Foram três aves, de cerca de 3 quilos, com um preço médio de R$ 120 cada. Em comparação com o ano passado, a cozinheira aponta um aumento de 20% no valor do alimento, que foi comprado, na época, por R$ 100.

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