Farmácias já estão com remédios em falta; empresário fala em reajuste nos preços
Uma farmácia no bairro de Batista Campos e outra no bairro do Souza ficaram sem duas medicações bastante procuradas, Benegrip e Coristina D
A alta procura por antigripais na região metropolitana de Belém, devido ao surto de Influenza aliado ao crescimento de casos de covid-19, na região metropolitana de Belém, vem causando a falta de remédios comuns para tratar coriza, febre e dor de cabeça, como coristina D e Benegrip. De acordo com o proprietário de uma farmácia no bairro do Souza, dentro do conjunto Império Amazônico, o estabelecimento está há dias sem os dois medicamentos, inclusive por falta de abastecimento na indústria.
“Todo início de ano, a indústria tira um período para renovar algumas coisas, bula, caixa, medicamentos. Então eles abastecem a distribuidora no final de ano, mas aí a demanda foi maior que a quantidade de produtos no estoque com esse surto de gripe, então ficou faltando mesmo”, disse Edil Amador, de 34 anos.Dono da farmácia há quatro anos, o empresário estima que nos próximos dias o estoque seja reposto.
Reajustes
Sobre aumentos, ele disse que reajustou minimamente alguns complexos vitamínicos à base de vitamina C. “Como trabalhei com o que tinha em estoque, não tive aumento desses medicamentos de gripe, aumentei bem pouquinho [o preço das] vitaminas C que tenho, então trabalhei ao máximo com a normalidade das nossas tabelas de preço”, concluiu Edil.
Em outra farmácia de pequeno porte, localizada no bairro do Guamá, também está em falta a Coristina e outro medicamento muito procurado, o Multigrip. O vendedor Francinei Pinheiro conta que até mesmo amoxicilina, remédio vendido somente com prescrição médica, não foi reabastecido. “Está tendo muita procura das pessoas mesmo. A dona já entrou em contato para fazer novo pedido, mas está sem matéria-prima. No mês de dezembro, então, que a procura foi enorme, não teve estoque para suprir, mas os preços se mantêm”, declarou.
A jornalista e autônoma Catarina Barbosa, de 37 anos, afirma que não encontrou em várias farmácias o Naldecon, que tem como componente básico o paracetamol, utilizado para combater dores no corpo, febre e dor de cabeça. “A farmácia do Líder está com diversos medicamentos em falta e sem previsão de chegar. O ambroxol (expectorante) e o teste de Covid não tem na Drogasil. Até paracetamol estava faltando”, relata.
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