Farinha ficou 16,67% mais cara este ano

Houve aumento de 0,43% no preço da farinha vendida em feiras e supermercados de Belém no mês passado

Redação Integrada

Diversos produtos que compõem a alimentação básica dos paraenses ficaram mais caros em abril, entre eles a farinha de mandioca. De acordo com pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), houve um aumento de 0,43% no preço da farinha vendida em feiras e supermercados de Belém no mês passado, na comparação com março.

No acumulado do ano, entre janeiro e abril, o reajuste foi de 1,58%. A maior variação foi em relação ao mesmo período do ano passado - nos últimos doze meses, a farinha de mandioca ficou 16,67% mais cara, sendo que a inflação calculada para o período foi de 7,59%.

A pesquisa mostrou que a trajetória de preços do produto ficou da seguinte forma: o quilo custava, em média, nas feiras livres e supermercados da capital, R$ 6,06 em abril do ano passado; encerrou o ano passado, em dezembro, a um custo médio de R$ 6,96; passou para cerca de R$ 6,98 em janeiro; chegou a R$ 7,04 em março; e agora, em abril, foi vendido por uma média de R$ 7,07.

"O Estado do Pará continua sendo um dos maiores produtores da maniva (um dos principais ingredientes na fabricação da farinha). Nos últimos anos, segundo o Dieese, o quilo da farinha ficou muito caro. As causas destes aumentos no preço da farinha e de outros produtos básicos da mesa dos paraenses são muitas e passam por uma série de fatores estruturais dentro da cadeia produtiva até a comercialização. A maior quantidade da farinha de mandioca consumida na Grande Belém vem de municípios próximos da capital, como Castanhal, Capanema e Bonito, entretanto, mais da metade da produção é ainda artesanal", explicam os pesquisadores do órgão.

O Dieese ainda aponta que a alimentação básica dos paraenses continua entre as mais caras do país. No mês passado, a cesta básica dos paraenses custou R$ 505,87, comprometendo na sua aquisição cerca de metade do atual salário mínimo de R$ 1.100, em vigor desde 1º de janeiro.

O comerciante Paulo Saraiva Martins afirma que, no ano passado, a saca de 50 quilos de farinha de mandioca era comprada a R$ 300, enquanto a de 60 quilos podia ser encontrada a R$ 450. "Nessa época de pandemia, tudo aumentou, não foi somente na farinha. Infelizmente, ainda estamos passando por uma situação difícil e não sabemos quando isso vai acabar", reflete.

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