Estrada de Ferro Carajás completa 40 anos e segue como um importante transporte na Amazônia Legal

A ferrovia interliga 28 municípios dos estados do Pará e Maranhão e completou aniversário na última sexta, 28

Paula Almeida / Especial para O Liberal
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Com aproximadamente 1.000 quilômetros de extensão, a Estrada de Ferro Carajás (EFC) completou 40 anos na sexta-feira, 28 de fevereiro. A ferrovia, que interliga 28 municípios dos estados do Pará e Maranhão, tem sido utilizada, desde 1985, para o transporte de minério de ferro, grãos, combustíveis e passageiros, tornando-se um corredor logístico relevante para a região.

image Inauguração da ferrovia Carajás em 1985 (Breno Augusto dos Santos - Acervo Espaço Memória Vale)

A ferrovia teve sua construção iniciada em 1982, com o objetivo principal de transportar minério de ferro e manganês da mina de Carajás até o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão. O Trem de Passageiros começou a operar no ano seguinte à inauguração da ferrovia, em 1986.

Nos últimos 40 anos, a capacidade de transporte da EFC aumentou significativamente, passando de 30 milhões de toneladas por ano para cerca de 240 milhões de toneladas anuais. Em 2024, a ferrovia movimentou 176,47 milhões de toneladas de minério de ferro, além de 10,9 milhões de toneladas de grãos e 2,1 bilhões de litros de combustível. O Trem de Passageiros, que atende a população ao longo do trajeto, registrou um total de 423 mil usuários no último ano, um recorde desde a sua inauguração. 

image Trem de Passageiros da Vale ajuda a conectar comunidades do PA e MA (Divulgação Vale)

De acordo com o Diretor de Operações da EFC, João Silva Júnior, ao celebrar 40 anos, a ferrovia reforça sua contribuição para o desenvolvimento da Amazônia Legal. “A ferrovia Carajás representa integração para comunidades inteiras e, também, crescimento sustentável e inovação tecnológica na nossa região”, destaca.

A operação da ferrovia conta com a implementação de novas tecnologias, como inteligência artificial, para monitoramento e manutenção da linha férrea. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a EFC é classificada como a ferrovia mais segura do Brasil. O controle das operações é feito por um centro de monitoramento que funciona 24 horas por dia, garantindo a circulação média de 60 trens diários.

Além do papel logístico, a EFC também está presente em iniciativas voltadas para as comunidades vizinhas. Projetos nas áreas de educação e saúde são desenvolvidos em parceria com instituições locais, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento social nos municípios ao longo do trajeto da ferrovia.

Com quatro décadas de operação, a Estrada de Ferro Carajás continua sendo um dos principais modais de transporte da região, contribuindo para o escoamento de cargas e para a mobilidade de passageiros entre o Pará e o Maranhão.

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