Especialista faz alerta sobre efeito das queimadas na economia
“A destruição de áreas agrícolas e florestais compromete a produtividade das terras, o que resulta em perdas significativas para agricultores e empreendedores locais", explica a professora Samara Felipe
No final do mês de agosto, o Governo do Pará decretou estado de emergência após cidadades paraenses liderarem os focos de incêndio ativos no país, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Além do decreto, o órgão também proibiu o uso de fogo para limpeza e manejo de áreas em todo o território estadual. Essa vedação não será aplicada nos casos envolvendo agricultura de subsistência de populações tradicionais e indígenas, controle fitossanitário e pesquisas científicas com aval de órgãos ambientais.
Além dos danos ao meio ambiente, a crescente frequência das queimadas na Amazônia vem gerando preocupações significativas também para a economia e a saúde das comunidades locais. A professora da Faci Wyden e especialista em negócios, Samara Felipe, destacou as repercussões que o avanço do fogo pode agregar.
"As queimadas não afetam apenas o ecossistema local, mas têm impactos diretos e severos na economia das comunidades afetadas”, comentou ela. “A destruição de áreas agrícolas e florestais compromete a produtividade das terras, o que resulta em perdas significativas para agricultores e empreendedores locais. Isso pode levar a uma redução na produção de alimentos e na oferta de recursos naturais, afetando a renda e a estabilidade econômica das famílias que dependem dessas atividades para seu sustento", continuou.
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A professora ainda ressaltou a relação entre as queimadas e os possíveis gastos com serviços e produtos de saúde.
"A poluição do ar gerada pelas queimadas é uma preocupação crescente, pois pode causar um aumento substancial em problemas respiratórios e outras condições de saúde adversas. Esse impacto na saúde não só afeta a qualidade de vida das pessoas, mas também tem consequências econômicas. O aumento das doenças respiratórias e outros problemas de saúde exigem maiores gastos com medicamentos, consultas médicas e exames, sobrecarregando ainda mais os sistemas de saúde locais e afetando a produtividade da força de trabalho", disse a professora.
Esse quadro é preocupante para as comunidades nativas que vivem nessas áreas. Com o avanço do fogo, muitas pessoas são obrigadas a deixar suas casas ou comunidades. Assim, a destruição das florestas não apenas elimina recursos naturais essenciais, como água e alimentos, mas também destrói habitats cruciais para a cultura e práticas tradicionais.
"A transição para novas condições de vida muitas vezes resulta em um aumento da vulnerabilidade econômica e social, à medida que as pessoas enfrentam dificuldades em encontrar novas fontes de subsistência e acesso a serviços básicos", explicou Samara.
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