Época de manga em Belém: conserto de veículos danificados chega a custar R$ 1.300

O ciclo produtivo das mangueiras, em condições normais, completa-se entre os meses de novembro e janeiro, período em que a demanda nas oficinas aumenta

Elisa Vaz
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Com a chegada da “época” das mangas em Belém, muitos motoristas podem ser surpreendidos por danos em seus veículos após a queda dos frutos. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o ciclo produtivo das mangueiras, em condições normais, completa-se entre os meses de novembro e janeiro, e é justamente neste período que os donos e trabalhadores de oficinas sentem o aumento da demanda por seus serviços.

O pintor automotivo Alfredo Silva, de 58 anos, conhecido como “Boca”, trabalha há duas décadas em uma oficina localizada no bairro de Canudos, em Belém, e diz que já é de praxe atender clientes que sofreram com a queda de mangas neste período. “Existe essa procura, muita gente se queixando. Geralmente amassa o teto, ou pega no pára-brisa, danifica. No caso da lata, tem que desamassar, porque afunda, depois passa para a pintura. Acontece muito, principalmente em época de manga, na safra, até janeiro”, afirma.

image Alfredo Silva, de 58 anos, conhecido como “Boca”, diz que já é de praxe atender clientes que sofrem com a queda de mangas neste período (Igor Mota / O Liberal)

Só neste ano, já foram três ou quatro demandas de motoristas que passaram pela situação e buscaram os serviços de Alfredo. Ele diz que o preço varia de carro para carro. No caso da lataria amassada no teto ou capô, fica entre R$ 1.000 e R$ 1.300. Já a troca do pára-brisa custa na faixa de R$ 800 a R$ 1.000 dependendo do veículo. O serviço todo fica pronto em cerca de dois dias, segundo o trabalhador.

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Proprietário de uma oficina no bairro do Guamá, em Belém, Antônio Oeiras, de 63 anos, já se prepara para receber mais clientes a partir deste mês. Segundo ele, a demanda sempre cresce no período. Como ele terceiriza os serviços de troca de vidro, já está em contato com um fornecedor para conseguir atender à procura neste fim de ano.

“Cresce mais para o pessoal que trabalha diretamente com vidro, pára-brisa. Aqui, o pessoal procura a gente por quebra de vidro, mas direcionamos a quem fornece. Tem cliente que prefere que fique aqui conosco, mas a gente terceiriza e eles trazem o material e montam. A procura cresce muito nessa época de manga”, diz.

O custo da troca do pára-brisa, de acordo com o empresário, varia conforme o veículo. Nos mais simples, sai mais barato, mas nos carros luxuosos pode ficar bem caro. A média, ressalta Antônio, fica na casa dos R$ 900. Outro serviço muito procurado é o de eliminação de amassados no veículo, como no teto, capô e mala, se o carro for sedan. O preço para esse trabalho varia de R$ 600 a R$ 800 em sua oficina.

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