Entrega pelo iFood fica 17,5% mais cara do que o pedido no restaurante, diz Abrasel

Associação Brasileira de Bares e Restaurantes aponta que uma refeição pelo iFood sai mais caro do que o pedido no restaurante

O Liberal

Pesquisa feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que um prato pedido pelo aplicativo iFood fica em média 17,5% mais caro para consumir, em comparação com o mesmo pedido feito no restaurante. A reportagem aguarda retorno da representação da Abrasel, no Pará. Com informações do site Terra.com.br.

De acordo com a Abrasel, o levantamento feito integra um processo em andamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que apura se há abuso de posição dominante por parte do iFood no mercado de delivery brasileiro (entregas a domicílio). 

O iFood não divulga quanto cobra em média pela entrega. De acordo com a Abrasel, no site da empresa IFood, a taxa mínima paga ao entregador é de R$ 6, por rota, sendo que os entregadores recebem R$ 1,50, por quilômetro rodado.

A Abrasel afirma que os produtos ficam mais caros 'nas entregas'  por causa das taxas cobradas dos restaurantes pelo iFood, que acabam repassadas para o cliente final. A entidade aponta, ainda, que o iFood detém 80% do mercado de delivery no Brasil e cobra em média entre 16% e 25% de taxa dos restaurantes, mas esse número chega a superar os 30%.

O levantamento da Abrasel não considerou outras plataformas de delivery. "Essas taxas fazem com que o preço ao consumidor seja 17,5% maior no iFood do que comprando na loja. Precisamos encontrar uma solução, é um mercado com baixa concorrência", diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.

Nota do iFood

Em nota, o iFood disse que não comentaria a pesquisa, uma vez que não teve acesso à metodologia do levantamento.

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