Energia solar por assinatura é opção para baratear conta de luz sem investir em placas solares
Entre os benefícios, está a economia que chega a até 15% na conta de luz
Um dos mercados que mais crescem no Brasil é o da energia solar. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o modelo de negócio cresce em média 60% ao ano. Nele o consumidor produz energia para consumo próprio, reduzindo os gastos com energia elétrica.
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Entretanto, nem sempre os consumidores podem instalar painéis solares, seja por limitação financeira ou espaço. Para estes, o serviço de assinatura de energia solar é uma excelente alternativa, afirma Walber Oliveira, presidente da Associação Paraense de Energia Solar e da empresa Bellsol.
“Nesta modalidade, o consumidor assina um contrato com uma empresa proprietária de uma usina solar, se beneficiando com a energia gerada nesse empreendimento. Portanto, ele não precisa gastar com painéis solares e instalação”, conta Walber Oliveira.
Benefícios
Segundo o Sebrae, ao contratar o fornecimento de energia solar por assinatura, o consumidor fica menos refém das bandeiras tarifárias da energia elétrica tradicional e ainda pode negociar com os fornecedores, contratando o que oferecer as melhores condições.
Entre os benefícios, está a economia que chega a até 15% na conta de luz, o que torna o serviço atrativo para as micro e pequenas empresas.
Outra vantagem é justamente a exclusão do investimento capital na compra e instalação dos painéis solares. Outro ponto positivo é a dispensa da necessidade de espaço para a colocação, além de não exigir alterações na rede elétrica já existente. O cliente também ganha na redução de burocracias e vistorias existentes no sistema físico, visto que este é de responsabilidade integral da fornecedora.
“A vantagem sem dúvidas é a redução significativa em sua fatura de energia, sem precisar investir dinheiro para a construção de uma usina particular. Ou seja, rentabilidade com baixo aporte financeiro e com custo zero de operação e manutenção, que fica a cargo da empresa proprietária da usina solar”, argumenta Walber Oliveira.
Atrativo para empresas
De acordo com o empresário, o principal público alvo desse negócio são consumidores de alto gasto de energia. ”O grupo que mais está contratando por assinatura é aquele que tem alta demanda de energia em seus empreendimentos, como redes de farmácias, supermercados, açougues, lojas, shoppings e etc. Entretanto, há também, mesmo que em pequenas parcelas, empresas de consumo medianos que já estão aderindo a essa modalidade de consumo de energia”, exemplifica.
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Em todo o Estado, cerca de 1200 residências já possuem painéis solares, afirma Walber. No modelo por assinatura, a Bellsol abastece uma rede de farmácias com a energia gerada em uma usina solar localizada em Xinguara, na região do sul do Pará.
“O cliente não precisa comprar nenhum equipamento, tudo é feito de forma remota. Ou seja, eu posso produzir em Paragominas, por exemplo, e atender uma rede de supermercados em Belém. O cliente não produz, apenas recebe o benefício de abater parte da produção de energia solar da usina na sua conta de energia”, continua Walber.
Pará é promissor
Segundo o Sebrae, a capacidade de geração de energia solar em todo o Brasil é enorme por suas características tropicais, pois “mesmo que a geração hidrelétrica também seja limpa, a energia solar é mais barata e a que menos interfere no meio ambiente”. Mas para o empresário, o Pará é ainda mais atrativo para investidores e consumidores por conta das condições climáticas e tarifa de energia cobrada aos paraenses.
“No Pará temos um cenário fantástico para essa modalidade, pois temos sol em abundância e muita disponibilidade de terra para implantação desses empreendimentos. Sem contar que temos uma das faturas de energia mais caras do País, que faz com que tais investimentos tenham um retorno de investimento cada vez mais rápidos”, justifica.
O empresário Fábio Castro, diretor da Solar365, concorda com o potencial do Estado para o crescimento do fornecimento por assinatura, por isso, já está se planejando para oferecer o serviço aos seus clientes.
“Diferente do modelo comum, em que muitos precisam até fazer financiamento para comprar as placas fotovoltaicas, na assinatura é tudo mais prático. A economia do consumidor vai depender do contrato, mas por exemplo, é possível que diminua uma conta de R$ 1000 para R$ 800 sem nenhum investimento”, finaliza.
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