Empresários brasileiros projetam expectativas para 2023: 'Crescer com eficiência'
Agarrar oportunidades e tomar boas decisões figuram entre os principais objetivos de grandes gestores
"Nas crises, enquanto uns choram, outros vendem os lenços". A frase do publicitário baiano Nizan Guanaes, de 64 anos, ecoa na mente de consultores econômicos, coaches e empresários brasileiros, que, apesar de projetarem alguma instabilidade econômica no início de 2023, acreditam que a via de regra é avançar, ao invés de recuar. Agarrar as oportunidades, ao menos por agora, parece ser o principal método de ação de grandes líderes Brasil afora.
A expectativa do mercado pode até apontar para uma flutuação econômica, mas está longe de ser um impeditivo para grandes nomes do mundo dos negócios brasileiros, que gerenciam empresas com cifras milionárias. É o caso de Bruno Nardon, responsável por trazer a franquia Rappi para o Brasil, fundar o e-commerce Kanui e uma startup de educação de negócios, a G4 Educação, e que falou com a reportagem durante a conferência a #MagNext2023, acompanhada por OLiberal.com a convite da MAG Seguros.
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"Quando você pensa no empresário, o empresário vai falar: 'Eu vou alocar esse dinheiro pra um recurso hoje, que eu consigo, quase sem risco, ter um bom retorno (...). Acredito que, nesse primeiro trimestre de 2023, dado as incertezas que qualquer mudança de governo que tem, não é porque era um e que foi outro do anterior... [Sempre] Vai existir esse momento de acomodação que eu acredito que as pessoas vão dar uma segurada. Agora, se o nosso ministro da Economia, se toda a política fiscal for positiva, eu entendo que quem buscar se preparar esse ano vai colher muitos bons frutos para os anos que vão vir.", avalia o investidor.
O empresário e coach de negócios ressalta que as oportunidades existem sempre, de qualquer maneira. "Quem se preparar, quem for eficiente, quem olhar pra isso, não tem (crise). (...) A verdade é que independente se o tempo está bom ou se tá ruim, se você pensa com a cabeça de crescer com eficiência, o seu negócio vai dar certo", destaca.
As incertezas, ressalta Nardon, revelam os gestores que conseguem se destacar nas tomadas de decisão. "A economia é cíclica e todo mundo tem que aprender a surfar essa ciclicidade, preparar o seu negócio para os ciclos que vem e vão. Então um bom marinheiro navega em tempos bons, em tempos ruins. Eu não sei se o tempo vai ser bom, se vai ser ruim. Eu tenho que me preparar. Então, pra mim é independente se o governo vai ser bom, se vai ser ruim. Independente disso, se a sua empresa está preparada e você consegue fazer uma leitura boa do mercado, você vai tomar as decisões corretas para o momento que você vive agora", pontua.
Sempre tem espaço para o crescimento, diz CEO de seguradora privada
Helder Molina, CEO do Grupo Mongeral Aegon, acredita que sempre haverá oportunidade para a lucratividade. Para ele, o que importa, de fato, é o empenho dedicado a fazer com que o negócio em si dê certo. "Independente de como está a economia e quem tá pilotando o país, tem espaço pra crescimento. Tem que fazer uma coisa só: trabalhar mais", dispara ele, indicando um perfil pragmático e resolutivo.
Empresário desde os 17 anos, Molina conta que já passou por muitas crises econômicas ao longo do tempo e, na direção do Grupo, percebeu que apesar as adversidades, todas as vezes a mega empresa registrou saldo positivo. "Eu piso no acelerador. Toda crise a gente investiu mais e trabalhou mais. E saiu da crise melhor. Me concentro em que processos tenho que melhor que coisas novas tenho que fazer. Foi como geri as companhias que já trabalhei", destaca ele.
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