Em um ano, taxa de desemprego cai 22% no Pará

Dados são do IBGE apontam que nos últimos 12 meses, 106 mil trabalhadores conquistaram uma vaga de emprego

Daleth Oliveira

Mais de 100 mil paraenses saíram do desemprego nos últimos 12 meses, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada ontem (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mostram que a taxa de desocupação no terceiro trimestre de 2022 caiu 22,3% em relação ao mesmo período de 2021.

Dessa forma, o Pará saiu de 475 mil pessoas desempregadas para 369 mil. O número ainda é alto, porém, o titular da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) Inocêncio Gasparim acredita que seja possível fechar o ano de 2022 com números melhores.

“A redução do desemprego é resultado de investimentos públicos com incentivos à atração de novos investimentos privados e atividade industrial no Pará que tem gerado aumento no número de vagas, tanto no mercado formal, quanto no mercado informal. A expectativa é que o cenário melhore com as chegadas das festas do final de ano e assim, possamos chegar em janeiro com um balanço positivo de geração de emprego”, avalia Gasparim.

Entre junho e setembro deste ano, foram registradas 271 mil novos empregados no Estado, um crescimento de quase 8%, totalizando 3,8 milhões de trabalhadores ocupados. Destes, cerca de 58,2% estão na condição de empregado com carteira assinada; 31,7% trabalham por conta própria; 5,1% se identificam como trabalhador familiar auxiliar; e 4% são empregadores.

Portanto, a taxa de desocupação apresentou recuo de 0,3% na taxa de desocupação, fechando o período com 8,8% da população paraense desempregada. O índice é inferior ao registrado no segundo trimestre, que foi 9,1%.

Região Metropolitana de Belém

A pesquisa revela que a taxa de desemprego tomou rumo oposto ao Estado do Pará, ficando mais alta do que no trimestre anterior, atingindo 14,1% entre julho e setembro de 2022. No segundo trimestre, a taxa foi de 12,8%. Mesmo assim, jovens como o universitário Ruan Jurandir, de 22 anos, conseguiram uma vaga no mercado de trabalho no período analisado.

O jovem do bairro do Coqueiro, que trabalha como avaliador de automóveis, contou que foi desligado do antigo emprego ao precisar mudar de cidade. “Eu trabalhava numa concessionária de moto. Foram cinco meses em busca de uma recolocação, mas aí, com essa experiência no setor de veículos, consegui voltar ao trabalho. Encontrei a oportunidade em um site de divulgação de vagas”, contou.

“Uma pessoa sem trabalho fica aflita, devido à incerteza em relação ao dia de amanhã. Com um trabalho, podemos fazer um planejamento, mas sem ele, temos que viver fazendo "bicos". Porém nem sempre tem. Tendo ou não, as dívidas chegam do mesmo jeito. Então foi um alívio conseguir voltar a trabalhar”, finalizou.

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