Demanda por material escolar cresce em Belém
Pais aproveitam início do ano para antecipar compras para a volta às aulas
No primeiro dia útil do ano, o movimento no centro comercial de Belém era tranquilo e a maioria das lojas de confecções, calçados e variedades estava fechada. Em compensação, os estabelecimentos focados em itens de papelaria atraíram um bom público de pais e crianças em busca de materiais escolares para o início do ano letivo. A antecipação das compras foi uma das estratégias adotadas para evitar o sufoco e as filas ao longo do mês.
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A fonoaudióloga Carolina Cardoso, 36, foi uma das consumidoras que resolveu adiantar as compras e fazer pesquisas. “Eu resolvi vir fazer a análise dos preços para ver onde estão os preços mais acessíveis porque a lista de material é bem extensa. Então a gente corre para adiantar porque o retorno das aulas está próximo e ainda precisamos verificar se está tudo dentro do orçamento”, comentou ela que esteve acompanhada do filho de 10 anos em uma loja especializada em materiais escolares localizada na travessa Padre Eutíquio.
Para ela, a presença do filho pode acabar elevando alguns gastos já que a criança prefere escolher itens oficiais com personagens de filmes e séries. “Vai ficar um pouco mais caro, mas resolvi dar pra ele esse poder de escolha. Ele coloca no carrinho e eu analiso o que vou levar. Pretendo levar os cadernos licenciados, mas canetas e outros materiais vou ver em outras lojas”, disse Carolina.
Já o técnico de celular Fábio Gomes, 37, também esteve no comércio, porém com o objetivo de fazer todas as compras de materiais para as gêmeas de 11 anos e a mais jovem de 7 anos de uma única vez. “As aulas delas começam em fevereiro, mas a gente se antecipou porque depois vai ficar mais caro ainda. Fora que depois que o pessoal voltar das férias, vai ficar mais lotado, vai ter mais transtorno, filas grandes e como são três crianças, a gente não pode perder de vista”, conta o pai, que considera que o gasto com educação nesse período é válido.
“O gasto vai ser bem elevado, mas trouxe elas pra escolher a vontade. O importante é elas estarem bem e terem o material que elas precisarem até porque incentiva a ir pro colégio”, acrescentou.
Assim como a disposição de pais e responsáveis, a expectativa do setor também está em alta para a volta às aulas em 2023. De acordo com Silvana Calado, que atua no setor de compras da loja, as vendas estão aquecidas desde o final do ano passado e tendem a continuar nesse ritmo. “Desde novembro a gente já vem percebendo os pais procurando a loja e fazendo pesquisa, inclusive muitos já fazendo a sua compra da lista escolar. Agora no final de dezembro e hoje (1º) intensificou bastante o movimento”, analisa a funcionária da rede que possui cinco lojas em Belém e Ananindeua.
Silvana diz ainda que os cadernos são os produtos mais procurados nessa época, por isso o estabelecimento investiu na maior variedade para atrair os clientes. E o retorno tem sido positivo, apesar dos reajustes observados no último ano. “A maioria dos fornecedores aumentou muito, em torno de 10% a 15%. Teve material que aumentou até 30%, principalmente na parte de papel, mas a gente tentou segurar o máximo para não repassar para o consumidor todo esse percentual e dar uma ajuda porque teve aumentos grandes”, afirma.
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