Corretores de veículos: profissional precisa estar antenado nas principais tendências do mercado
Segmento veicular oferece oportunidade para quem deseja atuar de forma autônoma
A autonomia das profissões é um fenômeno moderno que atinge várias áreas de atuação. No segmento automotivo, essa tendência está em crescimento e conquista novos profissionais que migram do trabalho formal em uma concessionária para a corretagem de veículos. Ao perceber uma oportunidade de mercado, Arlen Silva, de 47 anos, que trabalha há 27 anos no ramo de vendas de veículos, decidiu abandonar o emprego de carteira assinada e seguir de forma autônoma para a intermediação de vendas, na qual atua há mais de 17 anos.
“Passei por várias concessionárias. Depois de umas conversas com amigos e clientes de onde trabalhava, resolvi sair e trabalhar por conta própria. Já tinha uma prospecção de clientes me pedindo veículos de repasse, como trabalhava na concessionária, não tinha tempo de atender a todos. Foi quando decidi que precisava ser empresário neste ramo”, detalha o corretor.
Arlen conta que para seguir essa profissão é preciso ter um bom conhecimento de veículos para passar mais confiança e credibilidade aos clientes. “Atualmente, a pessoa precisa ter um bom conhecimento de veículos, formação em estrutura e vistoria em veículos, e o mais importante é ter credibilidade no mercado, pois trabalhamos com pessoas que só conhecemos por telefone às vezes.”
Giane Gamin, gerente de vendas, atua há 23 anos no ramo de vendas automotivas e afirma que as necessidades e demandas do mercado estão sempre em constante mudança, e ressalta que a preparação e domínio das novidades do setor é que faz um profissional se destacar.
“O vendedor precisa estar antenado. Hoje, percebemos a migração de carros pequenos para carros maiores, novidades no design e aumento na procura por elétricos e híbridos devido ao crescimento nos debates sobre as questões de meio ambiente”, orienta Gamin.
O trabalho do corretor de automóveis exige que a qualidade e o preço dos veículos sejam sempre a prioridade nas transações, conforme explica Alen. As operações de compra e venda são intermediadas pelo corretor, que faz a ponte entre o comprador e a loja de veículos, auxiliando assim o cliente a encontrar a opção mais vantajosa para o bolso.
Ele também ressalta que é fundamental manter uma rede de contatos e boa comunicação com as empresas, que, muitas vezes, ficam com automóveis parados nos pátios de vendas. “Concessionárias e empresas me procuram oferecendo veículos para a venda que, geralmente, entram na troca ou têm algumas coisas a fazer e não querem gastar e vender nas lojas. Sempre tem clientes, lojistas ou investidores que compram e eu faço o trâmites junto às empresas”, declara Arlen.
Tecnologias
Aliadas à inovação, as tecnologias tendem a facilitar a atuação dos trabalhadores. Giane Gamin aponta que as ferramentas tecnológicas também podem ser um entrave para muitos profissionais, sobretudo aqueles que não estão acostumados a realizar praticamente todo o processo de venda de forma online.
“A maior dificuldade dos consultores é se adaptar à tendência da era digital. Os consultores estão acostumados com os clientes presenciais e, agora, precisam estar bem posicionados nas redes sociais, onde tudo é muito rápido e criativo. O vendedor que está há anos nas concessionárias precisa se adaptar tanto no meio digital quanto às tecnologias dos produtos”, avalia a gerente.
Já Alen se aproveita da internet para expandir seu negócio e alcançar clientes de várias localidades, inclusive de outros estados. “As redes sociais ajudam bastante na divulgação do nosso trabalho. Atendo em todo território brasileiro, com clientes do Norte ao Sul, que sempre vão indicando um ao outro”, revela.
O corretor aposta em produzir conteúdos para as redes sociais como forma de captar mais clientes. “Temos vídeos de embarque, do processo de compra do início ao fim, quando o cliente recebe o seu veículo, tudo apenas usando o telefone. Uma compra com bastante transparência e credibilidade”, destaca Silva.
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