Conta de energia aumenta cerca R$17 em outubro

Aneel anunciou mudança para bandeira vermelha patamar 2, nível mais alto de tarifa

Maycon Marte
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A conta de energia elétrica ficará mais cara neste mês de outubro, devido a mudança na tarifação para a bandeira vermelha patamar 2 anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Será aplicado um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, mais de 75% em relação ao bandeiramento anterior. No Pará, que já possui uma das tarifas de energia mais caras do país, com a tarifa média de 0,935 R$/kWh, o engenheiro eletricista, Vanderson de Souza, de Belém, afirma que a conta fica em torno de R$17 mais cara, seguindo o cálculo padrão de consumo.

Uma conta de energia com um consumo de 500/kWh, por exemplo, custaria em torno de R$ 522,83 no bandeiramento anterior e agora passaria a R$ 539,90. Em valores, as contas devem sentir o acréscimo de algo em torno de R$17. O cálculo considera a taxa de iluminação pública e o preço da energia, ambos detalhados nas faturas, e os soma ao bandeiramento vigente.

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O economista paraense, Rafael Boulhosa, ressalta que para driblar este cenário, que no mês de outubro se soma aos gastos com a celebração do Círio de Nazaré, os hábitos mais econômicos serão essenciais na hora de equilibrar as contas. Ele destaca, por exemplo, adotar “o banho frio, utilizar roupas que não precisem tanto de ferro de passar, deixar a roupa secar ao ar livre, deixar equipamentos desligados da tomada quando não estiverem sendo utilizados e, no preparo de alimentos, utilizar mais os equipamentos que funcionem à gás”.

Boulhosa também aponta a energia solar como um caminho possível para amenizar esse cenário, entretanto, explica que o Governo Federal precisaria agir para ampliar o acesso da população a essa tecnologia. “Uma forma que poderia ajudar muito a reduzir essa necessidade, que é decorrente da utilização de usinas termelétricas, seria a redução da carga tributária sobre equipamentos para energia solar, mas a direção que o governo brasileiro vem adotando é na direção oposta”, pontua.

O novo bandeiramento é o mais alto do sistema da Aneel e não era utilizado desde 2021, retornando agora devido ao custo elevado na geração de energia elétrica, ocasionado pela intensificação de secas e queimadas em diferentes regiões do país.

Consumidores paraenses como a empresária paraense, Luciana Dantas, já planeja hábitos mais econômicos como apagar as luzes de ambientes vazios na casa. O novo modelo de vida, com climas mais intensos, especialmente em Belém, também preocupa, porque exige o uso de mais eletrodomésticos e dificulta a economia. Ela explica que o “ar-condicionado, por exemplo, não é mais um item de luxo, mas uma necessidade” e destaca que planejam hábitos mais econômicos. Ainda ressalta que as festas do Círio não devem sofrer impactos, porque a conta de outubro só é sentida no mês seguinte.

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