Consumidores movimentam comércio de Belém em busca de roupas para o Ano Novo
Peças mais vendidas neste ano são as brilhosas, de várias cores e modelos; branco segue em alta
A chegada da virada do ano, celebração tradicional nos lares paraenses, compromete parte do orçamento financeiro das famílias, especialmente com a compra de roupas. Na manhã desta terça-feira (27), o centro comercial de Belém estava repleto de clientes em busca das melhores combinações, e os empresários têm expectativas positivas para o restante da semana.
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Um deles é Bernardes Ismael, dono de uma loja de roupas próxima ao shopping da rua João Alfredo. Na opinião dele, o comércio da capital tem atraído mais consumidores nos últimos tempos por conta dos preços baixos. "Aqui é sempre bastante movimentado, mas hoje as pessoas descobriram que o comércio tem um preço bem em conta e, graças a Deus, depois que passou a pandemia a gente não tem do que reclamar. Eu espero que o fluxo aumente até a quinta-feira, porque na sexta e no sábado muita gente já começa a sair da cidade. Estamos com uma perspectiva boa", comenta. Em relação ao ano passado, o aumento de vendas para este Réveillon deve ser de 8% a 10%.
O comerciante apostou em brilhos neste mês, mas notou um comportamento diferente dos clientes: desde setembro as roupas com paetê estão sendo mais vendidas. Segundo Bernardes, antes, o único período em que valia a pena renovar o estoque da loja com roupas de brilho era dezembro, mas a alta nas vendas tem sido notada há alguns meses. Além do branco, o mais popular nesta época, a cor fúcsia também tem sido procurada pelos consumidores, e o empresário considera uma tendência para 2023. Já a média de preços tem ficado em torno de R$ 50 a R$ 80.
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Revendedora, Dyene Araújo, de 32 anos, saiu de sua cidade, Bujaru, para fazer compras na capital e ganhar uma renda extra neste mês. Ela estava em busca de brilhos, mas em peças de todas as cores possíveis, para agradar vários tipos de consumidores, incluindo vermelho, lilás, prata, branco e amarelo, principalmente. No Natal, ela conta que zerou seu estoque e espera que isso também aconteça no Réveillon. "Vendi vestidos com brilhos, roupas vermelhas, agora vou focar em outras cores também, além de shorts de brilhos e outras peças", adianta. Ela separou um limite de gastos e disse que a média de preços das roupas deve ficar até R$ 100, com a possibilidade de pagar em cartões, dinheiro ou por PIX.
Branco continua em alta
Mesmo com a cor de 2023 já definida, o branco continua sendo uma tendência. Gerente e empresário de outra loja na mesma rua, Loy Pantoja diz que esta é a cor mais procurada pelos consumidores que vão até o local, que é focado em atacado, mas também trabalha com varejo. De acordo com ele, o movimento nesta semana que antecede a comemoração do Ano Novo tem sido "fantástico". "Eu já esperava esse fluxo, acreditei e aconteceu, foi o melhor Réveillon até hoje na loja. Ano passado não foi bom para mim, sobrou muita mercadoria, tive um prejuízo enorme, e neste ano não, pelo contrário, meu estoque zerou, só tem o que está na loja", destaca.
O movimento ainda deve ficar maior até sexta-feira, com alta na procura pelos brilhos. "Percebo que as pessoas querem brilhar neste ano, estão procurando muito brilho, no ano passado nossas peças nesse estilo não saíram, e agora estão vendendo bastante. E aqui na loja, a cada 10 peças vendidas, 8 são brancas". O preço no estabelecimento varia entre R$ 15 e R$ 50, em média.
A estudante Cibele Caroline, de 19 anos, também saiu do interior para comprar roupas, de Abaetetuba. Mas, não foi para revender, e sim para ela e sua mãe usarem no dia do Réveillon. "Eu quero comprar bastante glitter, bastante brilho, para passar a virada bem iluminada, de branco, que é a minha preferência. Consegui achar meu look de final de ano e achei o preço bem razoável, não está caro", opinou a jovem, que ainda iria atrás da roupa da mãe e só então voltaria para a sua cidade. Ela não estabeleceu limite de gastos.
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