Consignado para CLT: Pará registra R$ 125 milhões em empréstimos no Crédito do Trabalhador
20 mil contratos foram firmados no Pará nessa modalidade de empréstimo do Governo Federal que oferece taxas de juros mais baixas

Em duas semanas, 20 mil trabalhadores do Pará com carteira assinada contrataram o novo consignado, que oferece taxas de juros mais baixas. Conforme informações divulgadas pelo governo federal, foram R$ 125 milhões em empréstimos liberados no Estado, dentro do programa Crédito do Trabalhador, entre 21 de março e 3 de abril. O valor médio dos empréstimos contratados pelos paraenses foi de R$ 6.221,70.
Os dados divulgados pelo governo mostram, também, que os trabalhadores do Pará dividiram o pagamento do empréstimo em 18 vezes, em média, cada uma dessas parcelas com o valor médio de R$ 350,50. Em toda a região Norte foram 49.170 contratos negociados, sendo que o Pará foi o estado com o maior número de empréstimos concretizados no novo consignado.
Dados nacionais
Mais de 532 mil empréstimos, que somam R$ 3,3 bilhões, já foram fechados em todo o Brasil dentro do programa, desde o dia 21 de março. O valor médio ficou em R$ 6.209,65 por trabalhador. As parcelas médias foram de R$ 350,46, com prazo médio de 18 meses.
O governo orienta o uso dos empréstimos para priorizar pagamento de dívidas mais caras e recomenda aguardar 24 horas para escolher a melhor proposta das instituições financeiras. “O Crédito do Trabalhador traz uma nova cultura de crédito e a cada dia tem se consolidado com sucesso, com novos bancos entrando, oferecendo taxas mais baixas e reduzindo dívidas dos trabalhadores”, comemora Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego.
A Medida Provisória que criou o Crédito do Trabalhador foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 12 de março, em solenidade em Brasília. Para liberar o crédito, as instituições financeiras consideram fatores como tempo de trabalho, salário e as garantias oferecidas pelo trabalhador na solicitação do empréstimo. Por meio do programa, o trabalhador pode utilizar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, mas também tem a opção de não oferecer nenhuma garantia.
Com base nesses critérios, os bancos avaliam o risco e definem a liberação do crédito. O valor das parcelas não pode ultrapassar 35% da renda mensal do trabalhador.
Caso decida cancelar o empréstimo, o trabalhador terá um prazo de sete dias corridos, a partir do recebimento do crédito, para devolver o valor integral à instituição financeira. A partir de 25 de abril será possível transferir um empréstimo com juros mais altos para outro com taxas mais baixas. Além disso, caso tenha contratado o Crédito do Trabalhador e posteriormente encontre uma oferta mais vantajosa em outra instituição, o trabalhador também poderá migrar para a nova condição.
Inicialmente, esse modelo de empréstimo está disponível exclusivamente na Carteira de Trabalho Digital. A partir de 25 de abril, todas as instituições financeiras poderão oferecer essa linha de crédito por meio de suas plataformas digitais. A modalidade atende empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de microempreendedores individuais (MEI), desde que não possuam outro empréstimo consignado vinculado ao mesmo vínculo empregatício.
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