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Congresso de mineração levanta discussão sobre sustentabilidade no setor

Representantes avaliam possibilidade e defendem medidas em ano de COP 30

Maycon Marte
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Representantes de diferentes setores ligados à mineração no estado dão início ao primeiro dia do congresso técnico “Mineração Sustentável – ESG global na prática local”, na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa). O encontro reúne a experiência do setor produtivo a planos de ação com sustentabilidade, o que se alinha às expectativas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), sediada em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro. O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), que promove o evento, defende uma atividade que preserve o meio ambiente e contribua com a transição energética.

A sigla ESG descrita no tema do encontro se refere a um conceito que avalia práticas ambientais, sociais e de governança, adotadas por empresas para minimizar os seus impactos no meio ambiente. Emerson avalia a presença do conceito em diferentes frentes na mineração, mas ressalta a importância dessas boas práticas para o desenvolvimento do território. O evento segue até esta quarta-feira (2) com mais discussões sobre o setor.

“Nós podemos destacar a preocupação do setor com a preservação e recomposição das áreas ambientais. Isso é um foco nas prioridades das empresas, assim como contribuir com a transição energética, implantando tecnologia e inovação, diminuindo a emissão de carbono para cada vez mais operar dentro do cenário da Amazônia”, explica.

O objetivo do evento vai além de apenas firmar parcerias ou listar ações de práticas, na avaliação da diretora de relações institucionais norte e nordeste da mineradora Vale, Ana Carolina. Ela descreve o contato com as secretarias de meio ambiente e desenvolvimento, assim como com as empresas do setor, como o ponto de partida para a mudança do segmento. É a partir dessa união que a diretora defende a possibilidade de alinhar sustentabilidade e mineração.

“É uma atividade super importante, não só para a transição energética, falando do ano da COP aqui em Belém, mas também de como manter a viabilidade, tanto econômica quanto o aspecto social e ambiental. Como que a gente une essas duas vertentes para termos uma atividade que promova o desenvolvimento do território, do estado e consequentemente do país”.

Necessidade

Rinaldo Mancini, diretor de sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), destaca que a mineração é necessária para o processo de transição energética. No exemplo da descarbonização, segundo ele, uma das pautas da COP 30 este ano, o setor mineral desempenha papel essencial, já que fornece subsídio para equipamentos que lideram essa transição. Isso se aplica, por exemplo, no material das baterias em veículos elétricos.

“Há uma grande oportunidade até para o setor mineral, que vive dos recursos naturais não renováveis, repactuar a sua relação com a sociedade. Então, mineração sustentável é aquela que garante um legado positivo para o território, transformação social e garante engajamento em uma agenda maior como essa da descarbonização”, explica.

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Sonho Possível

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Alex Carvalho, descreve a mineração sustentável como “um sonho possível em que as empresas privadas reconhecem a capacidade de promover melhores práticas”. Para que esse cenário seja possível, é necessário o diálogo entre os diferentes atores do setor, nas suas respectivas áreas de atuação, mas alinhados no mesmo objetivo. “Em quase tudo, a mineração está presente e a nossa existência depende muito dela, então, ao fim, trata-se de um exercício de inteligência, trazer longevidade à atividade”, afirma.

“Nós ainda estamos aprendendo a lidar com a mineração, então, movimento como esse de trazer o diálogo daquilo que podemos melhorar é motivo para estarmos felizes. E, nós, dando apoio institucional, mas também trazendo soluções do nosso sistema, como a capacitação de mão de obra, trazer ciência e tecnologia para o nosso território”, observa.

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