Após novo reajuste, confira o preço da gasolina em 13 postos da RMB; diferença chega a R$ 0,50

Reajuste autorizado pela Petrobras na última segunda-feira foi de 7,04% nas refinarias

Natalia Mello / O Liberal

Empresários, motoristas, caminhoneiros, consumidores... O aumento contínuo do preço da gasolina em todo o Brasil vem preocupando todos os segmentos da sociedade. Em uma manhã, a reportagem do Grupo Liberal percorreu postos de gasolina desde a entrada da ilha de Mosqueiro, no km 14 da BR-316, até bairros do centro de Belém, como o Umarizal, e comprovou a diferença considerável no preço cobrado no litro do combustível, que varia de R$ 6,20 a R$ 6,69. Na última segunda-feira (25), a Petrobrás anunciou mais um reajuste, de 7,04% nas refinarias.

Em um posto localizado na estrada que dá acesso à ilha de Mosqueiro, no km 14 da BR-316, a gasolina custa R$ 6,30 e o diesel, R$ 5,28. Durante o percurso da reportagem, o estabelecimento com o valor mais em conta da gasolina fica no km 18 da mesma rodovia, com a gasolina custando R$ 6,20 e o diesel R$ 5,21. Ainda na BR-316, um posto no km 22 cobra R$ 6,29 no litro da gasolina e R$ 5,29 no do diesel; enquanto outro, já na Cidade Nova II, o litro da gasolina está 6,49 e do diesel, R$ 5,42.

(Alynne Cid)

 

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JORNADA

Erlon Viegas, de 34 anos, tem carro desde os 19, e vai do bairro da Marambaia até a BR-316 para abastecer. O ator observa a mudança de qualidade de vida, visto que hoje deixou de usar o carro e passou a usar o transporte coletivo para poder não sair do que ele chama de meta mensal com o transporte – que ele estipulou um teto de R$ 600.

“Fazia mais coisas de carro que acabo agora fazendo de bicicleta, de ônibus. Com R$ 600 fazia tudo. Impactou na minha qualidade de vida, porque a gente mora num lugar que só tem uma entrada e uma saída, engarrafa o tempo todo. Tenho o carro para usar para o trabalho hoje em dia, acabo deixando mais de sair porque não posso mais voltar tarde porque tem que voltar de ônibus. Venho de lá para cá porque compensa; a diferença de preço é de 20 centavos”, conclui, lembrando que, mesmo assim, deve aumentar o valor dedicado ao transporte no mês porque não tem sido suficiente.

BELÉM

Em Belém, no bairro do Marco, um posto de gasolina que fica na travessa Lomas Valentinas com a avenida João Paulo II cobra pelo litro da gasolina R$ 6,68 e pelo litro do diesel R$ 5,98. No bairro do Umarizal, em outro estabelecimento localizado na travessa Nove de Janeiro com rua Antônio Barreto, a gasolina já passa a custar R$ 6,69 o litro e R$ 5,89 o diesel. Na pedreira, os preços de dois postos na avenida Pedro Miranda variam entre R$ 6,64 e R$ 6,69 na gasolina, e R$ 5,71 e R$ 5,89 no diesel. Já no bairro do Jurunas, na avenida Roberto Camelier, próximo à rua Fernando Guilhon, é possível encontrar a gasolina a R$ 6,49.

REAJUSTE

O preço médio de venda da gasolina passou de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, um reajuste médio de R$ 0,21 por litro. O Boletim Focus divulgado na segunda-feira elevou a previsão de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do País, de 8,69% para 8,96%. Considerando-se a gasolina já misturada ao álcool, a alta é de R$ 0,15. Com isso, o litro do combustível passa a custar R$ 2,33 em média.

Em janeiro de 2021, o preço médio do combustível era R$ 4,69, e a variação registrada nos primeiros oito meses deste ano foi de 31,67%, o que equivalia, até o mês de agosto, a um aumento de R$ 1,23, contra uma inflação estimada de 5% para o período.

MEIO TANQUE

A servidora pública estadual Sandra Moraes, de 57 anos, usou o dito popular “tem que vender o almoço para comprar a janta” para definir a situação em que se encontra com a família. Para além do aumento dos combustíveis, ela citou outros reajustes que têm sido vilões do orçamento dos lares paraenses: energia elétrica, gás, alimentação.

“Pesa tudo. E comer não tem como fugir. Com o aumento dos combustíveis, aumenta tudo, aumenta a cesta básica. Hoje, gastamos de 30 a 35% a mais com gasolina. Então, a diversão, por exemplo, não tem mais. A gente praticamente vive refém dentro de casa, porque não consegue mais ter momentos de lazer, de bem-estar. Sinto falta de poder ir ao shopping, comprar coisas, passear mesmo. A gente não vive, hoje a gente trabalha para sobreviver”, resumiu.

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