Como turnê de Taylor Swift e lançamento de 'Barbie' impactam a economia americana
Sucesso reforça preocupação de consumo alto no país, o que pode levar a uma resistência da inflação
Após ser questionado por uma jornalista sobre os impactos do filme "Barbie" e da turnê "Eras", da cantora Taylor Swift, na economia norte-americana, o presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Fed), Jerome Powell, disse que "é bom ver" uma economia resiliente apesar dos aumentos do referencial de juros do país.
Sem citar os dois eventos da indústria, ele observou, no entanto, que a instituição está atenta para garantir que a força econômica não leve a uma nova alta da inflação.
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O ponto é que os dados relacionados ao filme e à turnê reforçam a preocupação de uma economia ainda bastante aquecida, com consumidores dispostos a gastar, o que, por sua vez, pode levar a uma resistência da inflação, que é potencializada, entre outros pontos, pelo consumo.
A alta de juros, nesse caso, é a principal medida das autoridades para tentar desestimular o consumo e provocar queda de preços. Para isso, o Fed vem aumentando os juros. As taxas, que eram de quase zero no início do ano passado, agora estão na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Economia
Jerome Powell afirmou que "o crescimento [econômico] mais forte poderia levar, com o tempo, a uma inflação mais alta. E isso exigiria uma resposta adequada da política monetária. Então, estaremos observando isso com cuidado e vendo como [o cenário] evolui com o tempo".
Taylor também foi citada recentemente no Livro Bege do Fed, documento que resume a situação econômica dos EUA. Segundo a publicação, a cantora está impulsionando economias locais com a primeira fase de turnê.
Veja o que as autoridades escreveram:
"Apesar da lenta recuperação do turismo na região em geral, um contato destacou que maio foi o mês mais forte para receita hoteleira na Filadélfia desde o início da pandemia, em grande parte devido ao fluxo de convidados para os shows de Taylor Swift na cidade".
Bilheteria
A turnê "Eras", de Swift, deve ser a mais lucrativa da história - pelo menos essa é a expectativa. A projeção é de que os shows ultrapassem o faturamento de US$ 1 bilhão.
Nos Estados Unidos, foram mais de 140 mil espectadores apenas nos dois primeiros shows. O faturamento estimado da cantora é de US$ 10 milhões por apresentação.
Esta já é a terceira turnê mais rentável, segundo dados da Billboard, atrás de "Divide", do cantor Ed Sheeran, e de "360", da banda U2. Mas, o número pode ser ainda maior, já que os shows na Europa e na América Latina ainda não entraram nessa conta.
O filme "Barbie" também tem sido sucesso de bilheteria não só nos Estados Unidos. Na semana de estreia no Brasil, o longa liderou a venda de ingressos no país, atingindo R$ 84,7 milhões. Ao todo, a boneca levou quatro milhões de pessoas às salas de cinema do país. A expectativa é de que o filme ajude a Mattel, dona do universo Barbie, a lucrar quase US$ 1 bilhão em 2023.
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