Comércio tem movimento intenso na busca por presentes do Dia das Crianças

Clientes e revendedores de produtos reclamam do aumento dos preços, especialmente de bonecas.

Natalia Mello
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Na véspera do Dia das Crianças, comemorado nesta terça-feira (12), o centro comercial de Belém registrou um movimento intenso na busca pelos presentes para os pequenos. Além de pais e mães, revendedores de municípios do interior vieram até a capital para comprar produtos. É o caso de Rita Alves, que tem um pequeno comércio na Ilha de Cotijuba.

Semanalmente, a comerciante, que tem o estabelecimento há 14 anos na ilha, vem até Belém para comprar produtos para revenda. Na véspera da data comercial, o carrinho de brinquedos foi garantido em uma loja localizada na rua 15 de Novembro. “Eu sou da capital, mas moro lá e sempre venho comprar os brinquedos aqui. Comprei motos, carros maiores, carrinhos, raquetes para as crianças brincarem na praia. Devido a essa situação financeira de todos, não está tendo muita procura, mas Dia das Crianças tem que ter um presentinho”, avalia.

Rita lembra a importância de movimentar a loja para poder atrair clientes, trazendo sempre coisas novas. “Cliente tem que chegar e ver que tem coisas novas, porque às vezes a pessoa vai comprar uma coisa e acaba levando outra”, declarou.

Já a Fátima Rodrigues, de 63 anos, procura sempre a loja para comprar presentes para doar. À frente de um trabalho filantrópico, dessa vez ela substituiu as bonecas por outros brinquedos mais baratos, porque sentiu a diferença nos custos dos produtos. “Sempre compramos aqui por conta do trabalho que fazemos de final de ano, agora viemos pelo Dia das Crianças, mas deu uma aumentada considerável. A última vez que comprei bonecas grandes, custavam em torno de R$ 45, R$ 50, em 2019. Agora estão custando perto de R$ 100”, relatou. Apesar dos aumentos, Fátima afirma que a loja tem os preços bem em conta, se comparado a outros estabelecimentos.

O gerente da loja, Paulo Silva, tem 54 anos de comércio, dos 68 de vida. Sobre o movimento, ele comemora estar melhor do que no mesmo período do ano passado, especialmente pela loja ser consolidada no mercado como uma referência para a compra de brinquedos, tanto em Belém quanto no interior do Estado. “Tem muitas pessoas comprando para doação, o movimento aumentou em torno de 50%, por exemplo. Agora sobre preço é difícil não repassar nada. Cada vez que aumenta combustível, gás, aumenta frete, aumenta tudo. O aumento não é considerável, dos produtos, mas para a população que trabalha com salário mínimo, o poder aquisitivo do povo diminui cada vez mais”, finalizou.

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