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Comerciantes de Belém estão curiosos para ter em mãos a nota de R$ 200

Capital paraense foi uma das dez cidades brasileiras que recebeu as primeiras cédulas

Keila Ferreira

Lançada na última quarta-feira (2), a nova cédula de R$ 200, com a imagem de um lobo-guará, desperta curiosidade de trabalhadores do comércio e consumidores, que ainda não tiveram a oportunidade de ver de perto a nota. Belém está entre as dez capitais brasileiras que recebeu os primeiros lotes da nova cédula. Ela começou a circular no País ainda na quarta e algumas pessoas do centro comercial aguardavam a oportunidade de ter uma dessas em mãos.

"Acho que rápido já vai circular aqui", disse João Carlos da Silva Lima, administrador de uma loja. "Curiosidade acho que todo mundo tem, porque é uma coisa nova", completa.

A expectativa inicial do BC era que um lote inicial de 20 milhões de cédulas estivesse pronto ainda na quarta, data do lançamento. Até o fim do ano, serão 450 milhões de unidades. Porém, elas serão liberadas gradualmente, de acordo com a demanda da população por papel moeda. 

Apesar da expectativa para ver de perto a nova cédula, João Carlos também mostra certa preocupação em ser enganado ao receber a nota de R$ 200 em seu estabelecimento, já que o modelo ainda é desconhecido. "A primeira vez que eu peguei uma nota de R$ 100, fiquei desconfiado. Imagina a de R$ 200. A gente tem que ficar esperto com a máfia dos falsificadores. Por isso que antes de receber (na loja), eu queria ver a nota, como ela é", argumenta.

Para o comércio de maneira geral, João Carlos acredita que a nova cédula será usada, principalmente, nas vendas de atacado, com valores maiores. "A gente vai poder sair com menos volume de dinheiro. Mas na parte da venda em sim e de troco, não faz muita diferente", avalia. 

O Banco Central diz que o lançamento da nova nota é uma forma de a instituição agir preventivamente para a possibilidade de aumento da demanda da população por papel moeda.

Administrador de uma sapataria também no centro comercial, Rauly da Silva conta que quer guardar a primeira cédula de R$ 200 que receber. "Ainda nem vi essa nota". Para ele, ela será usada nas compras de maior valor, mas não vai influenciar em um problema existente no comércio: a falta de notas de menor valor, para troco. "Ajuda a não ter um volume grande de dinheiro, mas para troco não faz diferença. O que ajuda são as notas de R$ 5, R$ 10 e R$ 20, que está em falta".

O estudante Alexsandro Gomes Freitas, de 24 anos, está na expectativa pela circulação da nova cédula. "Eu estou bastante curioso pra pegar a nota. Ainda não vi, não peguei", declarou. "Pela questão financeira, a nota de R$ 100 já não dava pra comprar muita coisa", completou.

O lobo-guará, animal escolhido para estampar as cédulas de R$ 200, é considerado uma espécie "vulnerável", que está sob ameaça e pode deixar de existir se nada for feito. Segundo o Governo Federal, ele está entre as 1.173 espécies da fauna ameaçadas de extinção e estima-se que vivam cerca de 24 mil lobos-guará, com maior concentração no Cerrado, mas podendo ser encontrados ainda, em menor número, na Mata Atlântica, no Pantanal e no Pampa.

Ele ficou em terceiro lugar em uma pesquisa realizada pelo Banco Central (BC) sobre quais animais em extinção deveriam ser representadas em novas cédulas. O primeiro lugar foi a tartaruga marinha, usada na cédula de R$ 2, e o segundo foi o mico leão dourado, incorporado na cédula de R$ 20.

Alexsandro Freitas não gostou da nova escolha. "Eu achei que poderia ser outros animais. Não tenho um preferido, mas podia ser um que tivesse em ameaça maior de extinção e exigisse mais cuidado", declarou.

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