Comerciantes da Feira da 25 afirmam que população voltou a procurar por peixe

Vendedora de ponto afirmou que, nas duas últimas semanas, procura aumentou em torno de 45%.

Natalia Mello

Após a proliferação de informações a respeito da Síndrome de Haff, mais conhecida como doença da urina preta, os comerciantes da Feira da 25, como é popularmente o mercado localizado hoje na atual avenida Romulo Maiorana, afirmaram que as vendas de peixe voltaram a ter aumento. No último dia 3 de outubro, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), que investiga 17 casos suspeitos da síndrome de Haff, popularmente conhecida como "Doença da Urina Preta". Até o momento, nenhum caso foi confirmado.

A jovem Natalí Raiol, de 20 anos, ajuda o pai na venda da feira desde menina. Ela comenta que o prejuízo foi muito grande para a família, mas que, na última semana, o ponto recuperou em torno de 45% da venda de peixes. “Meu pai está aqui na feira há 12 anos e, para não falar que perdemos 100%, perdemos 99%. Teve dia da gente vender uma dourada aqui. E antes, o papai ia duas, três vezes na semana no mercado do Ver-o-Peso comprar, passou quase a deixar de ir por causa da falta de procura”, afirmou.

A comerciante revela que a família passou a comer peixe todo dia para não sofrer ainda mais prejuízos. “Sobrava muito peixe, de todos os tipos, dourada, filhote, pescada amarela, pescada branca, corvina. Algumas pessoas perguntam da doença, mas tem gente que é mais orientado, sabe que os peixes não são contaminados, eles têm noção que esse peixe é de Manaus. Mas vamos seguindo, porque está melhorando”, concluiu.

O feirante Benedito Corrêa, de 54 anos, herdou do pai o ponto e o ofício na Feira da 25. Ele também percebeu uma recuperação do segmento de vendas, mesmo que ainda tímido – ele considera que após perder 90%, recuperar cerca de 30% ainda é bem pouco. “Perdemos a procura em todas as espécies de peixe. O povo ficou desesperado, porque acabamos de passar pelo coronavírus, que matou milhões de pessoas. Aí veio um caso não comprovado em que o cara morreu e pronto. Eu e minha família continuamos comendo e ninguém está urinando preto. Todo mundo continua normal e com saúde”, afirmou.

O comerciante, que trabalha com 30 espécies de pescados e mariscos, avalia que é preciso se informar para não prejudicar o setor. “Minha sorte é que eu tenho meus clientes que forneço peixe. Nosso movimento era muito grande, vendo todo tipo de pescado, anchova, tamuatá, pirarucucu, camarão rosa e regional, dourada, tainha, foi pratiqueira, camurim, gurijuba, serra. É importante as pessoas lembrarem que peixe é saudável, se eu puder eu como peixe todos os dias”, conclui.

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