Com dólar em alta e bolsa em queda, paraenses apostam em investimento de renda fixa
Assessor de investimentos da Ação Brasil, aponta esse tipo de investimento mais promissor no momento atual
Com a posse do presidente Lula (PT) no dia 1º, o mercado financeiro começou a oscilar negativamente, fazendo o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechar com queda de 3,06% no dia seguinte (2), primeiro pregão do ano. No mesmo dia, o dólar fechou em alta de 1,52%, a R$ 5,3581. Neste cenário, investidores paraenses apostam em investimentos em rendas fixas, aqueles com baixos riscos.
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Exemplo disso, é o empresário Yago Baia, 25 anos, que já investe há quatro anos e já estava preparado para esse momento econômico do País. “Estou pronto para aproveitar as oportunidades de renda fixa. Como nós estamos com uma taxa de juros bem alta, é uma oportunidade muito boa”, explica.
“A gente está com bastante otimismo em relação ao ano de 2023. Por mais que tenham muitas oscilações, é nesse momento de crise que surgem grandes oportunidades para o investidor. Basta a gente contar com a ajuda do profissional e olhar de forma mais atenta para agarrar a oportunidade quando ela surgir”, conta o empresário.
"Teremos um ano de renda fixa pagando muito bem ao investidor, por isso vale a pena investir" - Leonardo Cardoso, assessor de investimentos da Ação Brasil
Outro investidor, o empresário Gustavo Moraes Benjamim, 30 anos, também está apostando na renda fixa. “A preparação para este ano vem baseada na oscilação que a gente já está tendo. 2023 vai ser um ano bem desafiador para bolsa de valores e isso faz com que a gente se segure um pouco mais na renda fixa, aproveitando os juros que já são bem elevados e tendem também a ficar um pouco mais”, diz.
“Essa é a visão que eu tenho. Mas além disso, estou aproveitando também a assessoria profissional para não deixar passar as oportunidades de alto risco, pois isso também vai fazer com que a gente tenha uma rentabilidade maior neste período. Então, 2023 realmente vai ser difícil, mas com a ajuda certa a gente vai conseguir bons resultados”, completa Gustavo.
Renda fixa x renda variável
Os produtos de investimentos podem ser classificados em duas grandes categorias: renda fixa e renda variável. Enquanto na renda fixa o investidor empresta recursos para o governo, um banco ou uma empresa e se ganha com o recebimento de juros; na renda variável se compra ativos, cuja rentabilidade sofre influência de fatores da economia do país, como a taxa de juros e o cenário político.
Oscilações do mercado
A oscilação negativa atual é reflexo da aposta do mercado para atuação do Governo Federal, explica o assessor de investimentos da Ação Brasil, Leonardo Cardoso. “O mercado financeiro de um modo geral, mas em especial a bolsa de valores, tenta antever os acontecimentos e se posicionar para qualquer cenário econômico, o que faz com que o mercado oscile muito como tem oscilado. Agora, é a incerteza e a indefinição sobre como serão os rumos econômicos do país, se respeitaremos o famoso teto de gastos, se o governo vai buscar ter responsabilidade fiscal e acima de tudo, de que tamanho será a interferência política sobre as empresas estatais”, esclarece.
“Tudo isso está no radar dos investidores e faz com que, parte deles, especialmente os mais avessos a riscos saiam de alocações em bolsa de valores e busquem refúgio em aplicações livres de risco na renda fixa, por exemplo”, continua Leonardo.
Com este cenário, a dica do especialista é ter cautela e investir em produtos de baixo risco. “Sempre respeite o seu perfil de investidor. Especialmente se for um investidor iniciante, busque alocações maiores em renda fixa, longe de riscos e oscilações de mercado. Em muitos anos não tínhamos uma renda fixa rendendo tão bem para o investidor, mas hoje você consegue rentabilizar o seu dinheiro a mais de 1% ao mês de forma segura e sem grandes sustos”, detalha.
“Teremos um ano de renda fixa pagando muito bem ao investidor, por isso vale a pena investir em opções como Tesouro Direto, mais especificamente Tesouro Selic, fundos de renda fixa e produtos bancário atrelados ao CDI, vale a dica”, finaliza Cardoso.
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