Carne bovina paraense não sofre mais nenhum embargo, diz Sindicarne Pará
Nesta sexta-feira (7), foi a vez dos russos anunciarem o fim das restrições à carne bovina brasileira exportada do Pará
Todos os mercados compradores da carne bovina do Pará retomaram a compra do produto. A informação é do Sindicato da Carne e Derivados do Pará (Sindicarne), que observou que somente a China ainda não publicou, até a data de 23 de março passado, o recebimento de novos produtos.
Na sexta-feira (7), o Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado informando que a Rússia também suspendeu as restrições à carne bovina brasileira, após a descoberta de um caso da doença da "vaca louca" no Pará. A exportação da carne bovina brasileira para os russos foi suspensa em 1º de março passado.
Presidente do Sindicato da Carne e Derivados do Pará (Sindicarne), Daniel Acatauassu recebeu com naturalidade a notícia do fim do embargo russo à carne brasileira, e consequentemente, paraense. Ele afirmou, ainda, que a Rússia não impacta as exportações paraenses, por normalmente comprar pouco.
"Não há motivos para nenhum embargo, pelo contrário, o estado do Pará foi muito eficiente na fiscalização sanitária, não há motivos para nenhum embargo, e sim há motivos para consumir a carne paraense, pois ela tem garantia sanitária e socioambiental”, enfatizou o titular do Sindicarne.
Exportações para China caíram 35% entre fevereiro de 2023 e 2022
A China é o principal mercado da carne brasileira. Com base nos números da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), compilados pelo Sindicarne, nota-se que as exportações brasileiras para a China caíram em 24,17 em toneladas, em fevereiro de 2022, no comparativo com fevereiro do ano passado. A queda no valor exportado, no mesmo período, foi de 35,07%, o que é atribuído à suspensão das vendas para o país chinês por causa do caso da vaca louca congênita identificada no Pará.
Em relação ao total de fevereiro, ainda conforme o Sindicarne, o Brasil exportou em 2023 menos 16,20% em toneladas e 28,65% em dólares, sobre fevereiro de 2022, refletindo a redução das exportações para a China, maior importador do Brasil.
No acumulado do ano, em 2023 sobre 2022, o Brasil exportou para a China mais 22,55% em toneladas, no entanto, menos 4,18% em dólar. Já no total exportado no mesmo período, o Brasil exportou menos 0,91% em toneladas e 12,76% em US$.
Principais destinos da exportação de carnes e derivados brasileiros:
Acumulado Janeiro/Fevereiro/2023
China >>>>>> >>>>>>> 172.701.287 Kg (51,35%)
Estados Unidos >>>> 35.651.161 Kg (10,61%)
Hong Kong >>>>>>> 13.965.006 Kg (4,15%)
Egito >>>>>>>>>>>>> 12.338.870 Kg (3,67%)
Chile >>>>>>>>>>>>> 11.617.561 Kg (3,46%)
*Os dados são da Abrafrigo, compilados pelo Sindicato da Carne e Derivados do Pará (Sindicarne).
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