Canaã dos Carajás lidera ranking de cidades empregadoras, afirma Confederação do Comércio

Turismo e produção de commodities tiveram destaque na geração de empregos

O Liberal
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O município de Canaã dos Carajás está no topo da lista das cidades que mais empregaram nos últimos 20 meses, de acordo com um mapeamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento, realizado com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apurou, dentre 5.570 municípios brasileiros, aqueles cujo mercado local empregava, em junho de 2020, pelo menos 10 mil trabalhadores formais e criou um ranking com os 20 primeiros, de acordo com taxa de expansão do mercado de trabalho formal até fevereiro de 2022.

Canaã dos Carajás-PA foi o município com maior variação de ocupações no mercado de trabalho formal durante o período, 66% (+7.370 vagas). De acordo com a CNC, a principal razão do resultado é o fato de possuir um grande potencial na indústria extrativa mineral.  Já todas as quatro cidades nas posições seguintes do ranking são localidades com vocação turística: Porto Seguro (BA), que registrou avanço de 52% (10.019); seguido por Vacaria (RS), com 44% (7.164); Araruama (RJ), com 39% (5.019); e Ipojuca (PE), com 37% (7.452).

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirma que, no caso de Canaã, a criação acelerada de postos de trabalho representa uma resposta à retomada econômica em 2021, diante de um contexto de obstáculos à manutenção da estrutura produtiva em nível global observada antes do início da pandemia. Já sobre as cidades turísticas, o presidente lembra que os reflexos negativos resultantes da fase da crise sanitária foram mais duradouros para o conjunto de atividades que compõem o segmento.

Enquanto o saldo total do Caged acumulou perdas por quatro meses, entre março e junho de 2020, o setor de turismo registrou resultados negativos por sete meses, eliminando, em termos líquidos, 526,5 mil postos entre março e setembro daquele ano. “Considerando-se o atual contexto econômico, decorrente do arrefecimento da crise sanitária, é natural, portanto, que as atividades turísticas apresentem maior potencial de regeneração que a maior parte das demais atividades econômicas”, avalia Tadros.

O economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, destaca que a recuperação do emprego formal não ocorreu de forma homogênea. Entre os municípios brasileiros, por exemplo, 59% fecharam 2020 com mais admissões que desligamentos de trabalhadores nos respectivos mercados locais. Em 2021, esse percentual avançou para 86,2%. “Além das cidades turísticas, os municípios com vocação para produção de commodities tendem a continuar em evidência no cenário da oferta de emprego ao longo de 2022, na medida em que já havia uma tendência crescente de pressão sobre a cotação desses produtos com o início da recuperação econômica global, porém acelerada a partir da deflagração do conflito no Leste Europeu”, afirma o economista.

Após a criação de 2,76 milhões de vagas em 2021, a perspectiva de avanço mais modesto do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 (+0,5%), de acordo com Fabio Bentes, deverá levar à geração de menos postos de trabalho. Diante desse cenário, a CNC projeta para este ano um saldo positivo de 1,61 milhão de vagas formais.

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