Campanha de descontos tem pouca procura em Belém

Iniciativa conta com descontos entre 30% e 70% até dia 13 de setembro

Eduardo Laviano
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A campanha de descontos da Semana do Brasil teve baixa movimentação na capital paraense nesta segunda-feira (6).

Criada em 2019 para tentar aquecer o comércio durante o mês de setembro, a iniciativa tem mais duas mil lojas participantes pelo Brasil, com descontos entre 30% e 70% em diversos produtos.

No entanto, boa parte das pessoas que frequentavam um shopping no bairro do Reduto na manhã desta segunda-feira não faziam ideia do que se tratava a campanha. 

O militar da reserva Adriel Vieira era um deles. Ao ver um anúncio em um telão de uma das lojas participantes, aproveitou para se aproximar da vitrine e conferir os preços - para logo depois se afastar ao se deparar com uma etiqueta de 14 mil reais em uma televisão de 82 polegadas. 

"Não estou sabendo de nada. É um preço na média. Gosto muito de pesquisar as coisas antes de comprar, não faço nada por impulso. Me planejo muito antes de comprar. No momento estou na fase só de pesquisa mesmo, vim sem saber dos descontos. Quero comprar mas ainda não estou decidido a comprar", diz

Keilly Costa é vice-gerente de uma loja de roupas no mesmo shopping e tem percebido o shopping até que um pouco mais movimentado nos últimos dias, mas atribui ao fato de ser início do mês, quando a maioria da classe trabalhadora recebe o salário. 

"Algumas peças promocionais saem com mais de 40% de desconto. A pandemia teve um impacto grande aqui, o movimento ainda está voltando ao normal. Mas estamos correndo atrás, buscando atendimento pelo Whats App e com o nosso delivery, que o cliente escolhe até 15 peças e nós levamos para quem gosta de experimentar. Para esse segundo semestre nossa expectativa está alta", diz Costa. 

image Adriel estava pesquisa preços, mas nunca tinha escutado falar da Semana do Brasil (Igor Mota/O Liberal)

Muitos lojistas não aderiram à campanha, seja por conta da iminência da Black Friday, campanha de descontos que ocorre em novembro, ou por planejamentos e questões específicas de cada loja.

O empreendimento gerenciado por Danielle Peres, também de roupas, acessórios e calçados, foi um deles.

"Acabamos não aderindo a Semana do Brasil, pois estamos com repasse de loja para um novo ano. Devido a isso, então já estávamos com descontos bem agressivos antes mesmo dessa iniciativa começar. Com isso, conversando com outros gerentes sobre movimentos, o desconto chamou mesmo as pessoas pro shopping, mas com a questão do feriado e da vacinação, com muitos se sentindo mais seguros para viajar, o movimento acabou dando uma queda", afirma ela.

No primeiro andar do shopping, Nathan Lima observava calmo o vai-e-vem espaçado dos transeuntes.

Ele é gerente de uma loja de calçados e contava com um cartaz chamativo, verde e amarelo, para ajudar a atrair os clientes com os descontos da Semana do Brasil. Mas ninguém havia parado por lá na manhã de segunda-feira. 

"O movimento está bem fraco mesmo, não tem absolutamente ninguém. Em maio, junho e julho, passamos por um momento melhor, com mais procura, gente querendo comprar, vindo aqui. Mas em agosto foi caindo. E agora em setembro então... mas temos que ter esperança, né? De que vai melhorar nas próximas semanas", contou ele.  

A Semana do Brasil segue até dia 13 de setembro e mais informações sobre lojas, descontos, cupons e locais podem ser encontradas em semanadobrasil.com.

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