Câmara dos EUA votará proposta democrata de reforma policial em meio a impasse

Controlada pelos democratas, a Câmara deve analisar a legislação exatamente um mês depois da morte de George Floyd

Reuters
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A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votará nesta quinta-feira, 25, uma proposta abrangente de reforma policial defendida pelos democratas e rejeitada pelo presidente Donald Trump e os republicanos, no sinal mais recente de que os esforços do Congresso para resolver problemas que envolvem a polícia chegou a um impasse.

Controlada pelos democratas, a Câmara deve analisar a legislação exatamente um mês depois da morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos, pela ação de um policial branco no dia 25 de maio na cidade de Mineápolis. O fato desencadeou protestos mundiais contra a brutalidade policial.

Espera-se que o projeto de lei, que exige mudanças concretas nas leis e diretrizes para coibir a má conduta na corporação, seja aprovado pela Câmara, mas o Senado, de maioria republicana, dificilmente concordará com a medida tal como redigida, já que senadores democratas barraram um projeto de lei de reforma dos republicanos na quarta-feira.

Democratas e republicanos estão em uma queda de braço quanto à maneira de enfrentar as desigualdades raciais vistas no policiamento em todo o país, apesar do forte clamor público por reformas efetivas desde que Floyd morreu sufocado por um policial que se ajoelhou sobre seu pescoço durante nove minutos.

O senador Tim Scott, o único republicano negro do Senado e autor do projeto de lei de reforma policial fracassado, acusou os democratas de rejeitarem um parecer republicano sobre o projeto de lei da Câmara para negar a Trump e seus correligionários uma vitória em uma questão vital para os negros antes da eleição de novembro.

"Isto é pura política racial no que ela tem de pior", disse Scott à rede Fox News, alertando que a falta de ação no Congresso deixará os negros norte-americanos vulneráveis a mais violência policial. "Haverá sangue nas mãos dos democratas".

As propostas de democratas e republicanos tratam de questões semelhantes: chaves de braço, invasão de residências sem aviso prévio, câmeras corporais nos policiais, uso de força letal e treinamento para apaziguar confrontos com suspeitos e para incentivar a intervenção de autoridades contra condutas ilegais quando estas ocorrem.

Os republicanos refutam o projeto de lei democrata por causa de ordens que dizem poderem minar o cumprimento da lei, e os democratas rechaçam a medida republicana por esta pleitear reformas por meio de incentivos e coleta de dados, ao invés de impor mudanças de imediato.

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