Busca por brinquedos no Comércio segue tímida em Belém

Segundo lojistas, nesta época de dezembro o movimento já deveria ser maior por conta do Natal

O Liberal
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A procura por presentes de Natal ainda está tímida no Comércio de Belém, com poucos compradores buscando brinquedos infantis nas lojas especializadas nestes produtos. A comerciante Rose Martins está há mais de 20 anos no ramo e conta que não gosta de perder a esperança, mas que a realidade de 2021 tem sido de pouca procura por parte dos clientes.

"A expectativa é sempre a melhor possível, mas esse ano a bola está um pouca murcha. Nessa época já era pra estar bem mais cheio aqui, procura bem maior. No Natal, a partir do dia 15 de novembro, já começa o movimento, principalmente quem compra para fazer doação, mas esse não apareceram muitos. Está aparecendo aos poucos", diz.

Rose lembra que brasileiro costuma deixar tudo para a última hora, o que pode garantir um fluxo maior de clientes nos próximos dias. Segundo a lojista, a procura maior tem sido por brinquedos e mais baratos, com poucos brinquedos grandes sendo comprados, como skates e patinetes.

Os preferidos do público tem sido as bolas, que custam em média R$ 5, e as bonecas, de todos os tamanhos e tipos. Rose tem apostado em preços especiais para quem compra em grandes quantidades, com descontos que chegam a 30%.

"Também trabalho muito com revenda e entrei em contato com alguns compradores que ainda não vieram. Eles dizem que no Dia das Crianças a venda não foi boa também, então o estoque ainda está lá com eles. Este ano pedi menos para os fornecedores. Como já tenho experiência, senti que era bom diminuir. Ano passado teve muita venda de brinquedo. As crianças estavam em casa por conta da pandemia e os pais compraram muito, para entreter. Foi inesperado", avalia ela, lamentando a crise econômica que o Brasil atravessa e destacando a diminuição dos auxílios emergenciais dados pelo governo. 

image Vera se reuniu com colegas de trabalho para comprar presentes para as crianças da escola onde trabalha (Thiago Gomes / O Liberal)

A professora Vera Anjos estava com uma amiga em uma missão muito especial no Comércio nesta manhã de terça-feira (14): comprar presentes para os alunos da escola pública onde ela dá aula em Benevides.

Ela recorda com saudade da época em que alguns brinquedos custavam R$ 1,99 e lembra que algumas lojas eram especializadas nesse tipo de produto, sempre com este preço.

"Agora é tudo acima de R$ 7, o melhorzinho. Estou procurando brinquedinhos em conta, pois está tudo muito caro. Vamos comprar para três turmas, cada uma com 30. Nos juntamos lá na escola para presentear eles na festinha de encerramento do ano. Tem que vir um dia só para pesquisar e outro para comprar. O dos filhos vou deixar para comprar só semana que vem", conta. 

Revendedora de brinquedos em quermesses e feiras religiosas pelo interior do Estado, Fátima Queiroz, espera conseguir levantar uma renda extra neste final de ano por conta do Natal e também do pagamento do 13º salário.

"Os preços estão muito pesados para o que estava em 2020. Costumo comprar em quantidade, mas busco variar de lojas, para ficar mais em conta. Compro um pouco aqui, um pouco ali. Compro de tudo, mas a procura está baixa. O que sai mesmo são as coisas mais baratinhas. Ninguém está gastando muito então não adianta investir em brinquedo grande, caro, pois não está saindo", afirma. 

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