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Brasil pode gerar até US$100 bilhões em créditos de carbono até 2030

Valor é gerado a cada tonelada reduzida ou não emitida de gases

O Liberal
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O Brasil tem potencial de geração de receitas com créditos de carbono até 2030, entre US$ 493 milhões e US$ 100 bilhões. Isso seria equivalente a 1 gigaton (1 bilhão de toneladas de CO2)  ao longo da próxima década para os setores de agro, floresta e energia, de acordo com o estudo realizado pela ICC Brasil, em parceria com a  WayCarbon.

Gera-se um crédito de carbono a cada tonelada reduzida ou não emitida desses gases. Sendo assim, quando um país ou empresa consegue reduzir a emissão - a depender das metodologias desenvolvidas - recebe um crédito. 

Na próxima década, o Brasil tem potencial para suprir de 5% a 37,%% da demanda global do mercado voluntário e de 2% a 22% da demanda global do mercado regulado no âmbito da ONU. E, até mais, considerando as políticas públicas, nos mecanismos do artigo 6, gerando as receitas de 100 bilhões de dólares. 

O setor agropecuário possui um potencial de geração de crédito de carbono entre 10 e 90 milhões de toneladas de CO2e (até US$ 9 bi em cenário otimista) e os cobenefícios ambientais para o setor envolvem redução da pressão sobre o desmatamento, melhoria da qualidade das condições de trabalho e contribuição para a segurança alimentar. Entre as oportunidades para a cadeia produtiva do setor estão novas fontes de renda para os produtores rurais, recuperação do potencial produtivo em áreas degradadas, garantia da competitividade entre os principais fornecedores agrícolas internacionais e fortalecimento de pequenos produtores.

Florestas

O potencial de geração de crédito de carbono do setor de florestas é entre 71 e 660 milhões de toneladas de CO2e (até US$ 66 bi em cenário otimista). Os cobenefícios socioambientais são a diminuição das erosões, manutenção na biodiversidade local, aprimoramento da qualidade e disponibilidade hídrica, efeitos positivos à saúde humana, com a redução de desmatamento e queimadas. Entre as oportunidades para a cadeia produtiva está a geração de aproximadamente 7 milhões de empregos no Brasil

Para o setor de energia, o potencial de geração de crédito de carbono é entre 27 e 250 milhões de toneladas de CO2e (até US$ 25 bi). Os cobenefícios socioambientais são a segurança energética e geração de empregos e de renda. As oportunidades para a cadeia produtiva são os novos empregos com quase 839 mil vagas, com a geração de biocombustíveis, 166 mil com a geração de energia solar desde 2012 e 498 mil por ano para a geração de energia eólica entre 2011 e 2019. 

"Temos a enorme oportunidade de colocar o Brasil em um papel de protagonista na agenda global de sustentabilidade e da economia de baixo carbono. Mas isso depende do apoio a uma economia voltada para a conservação de biomas, avanços em direção à circularidade, além de incluir pessoas e comunidades que são essenciais na valoração da sócio biodiversidade”, afirma Denise Hills, diretora de sustentabilidade de Natura &Co Latam

 

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Economia
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