Braiscompany: empresa de criptomoedas que movimentou R$ 1,5 bilhão é alvo de operação da PF
Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária. Sócios da empresa estão foragidos
A empresa paraibana de criptomoedas Braiscompany é alvo de uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (16), pela Polícia Federal (PF), com o objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. Agentes da PF estiveram na sede e em endereços ligados à empresa, que captava investidores sob a promessa de investimentos em criptomoedas com retorno de 8% ao mês. Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária.
Além da sede da Braiscompany, as buscas ocorrem ainda em um condomínio fechado, em Campina Grande, e nas filiais, em João Pessoa e em São Paulo. Nos últimos quatro anos, cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas teriam sido movimentados em contas vinculadas aos suspeitos, sócios e idealizadores da Braiscompany, Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos, conhecidos como Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, que estão foragidos.
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A polêmica financeira em torno da empresa começou com suspeita de atraso de pagamentos de locação de ativos digitais para clientes. Denúncias feitas nas redes sociais deram início ao caso, investigado também pelo Ministério Público da Paraíba desde o dia 6 de fevereiro.
Por meio da empresa, os clientes podem converter seu dinheiro em ativos virtuais, que eram "alugados" para a companhia e ficavam sob gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos desses clientes representavam o pagamento pela "locação" dessas criptomoedas.
A Braiscompany conseguia atrair clientes pela taxa de retorno financeiro muito acima do regularmente praticado no mercado, bem como pela imagem de seu fundador, Antônio Inácio da Silva Neto, que tem 900 mil seguidores e uma curadoria cuidadosa de postagens no Instagram.
O nome da operação, Halving, foi escolhido em alusão ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, que ocorre a cada quatro anos, período semelhante a ascensão e derrocada do esquema investigado.
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