Bolsa fecha em forte queda com desoneração dos combustíveis e outras medidas

Palavras do presidente Lula e algumas ações, como rever a privatização das estatais

Emilly Melo
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Com alguns mercados internacionais fechados, notícias internas do primeiro dia útil do governo Lula influenciaram o comportamento dos investidores brasileiros, que reagiram às medidas econômicas, principalmente sobre a continuidade da desoneração dos combustíveis. Com informações do Estadão.

O Ibovespa teve queda de 3,06%, e fechou aos 106.376,02 pontos, com mínima aos 105.5980,66 pontos, registrada pela manhã. Das 89 ações que compõe a carteira teórica do índice, apenas oito subiram.

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Petrobras e Correios estão na lista. O despacho com a determinação foi publicado nesta segunda-feira (2).

No domingo, 1º, na cerimônia de posse, Lula prometeu rever políticas mais liberais, como a reforma trabalhista e as privatizações de estatais, além de colocar por terra o que chamou de “estupidez” do teto de gastos – norma criada no governo do ex-presidente Michel Temer para limitar as despesas e garantir a sustentabilidade das contas públicas.

“O mercado está sentindo as falas mais duras do presidente, que vai se utilizar das empresas estatais para os devidos fins sociais. O Lula defendeu o papel dos bancos públicos e da Petrobras como indutores da economia, e mercado está lendo isso como negativo para as empresas”, afirmou Rodrigo Moliterno, sócio-fundador da Veedha Investimentos.

Vale e papéis algumas exportadoras relevantes, como CSN, Suzano e Klabin, subiram, escoradas na alta do dólar, que voltou a fechar acima de R$ 5,35.

O destaque negativo ficou com Petrobras, com baixa de mais de 6% dos papéis ON e PN. As ações do Banco do Brasil (-4,23%) lideraram as perdas entre os grandes bancos, dada a perspectiva de aumento de ingerência na gestão de estatais no governo petista.

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Elisa Vaz, repórter do Núcleo de Política)

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