Beneficiários do Bolsa Família poderão retirar gratuitamente 40 medicamentos na Farmácia Popular
Anticoncepcionais; fraldas geriátricas, e remédios para tratamento de Doença de Parkinson, controle do colesterol e controle da rinite, que apenas tinham desconto, agora podem ser retirados de forma gratuita
Beneficiários do programa Bolsa Família, do governo federal, poderão retirar os 40 medicamentos disponíveis na lista atual do Farmácia Popular de forma gratuita. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (7), pelo governo. Na lista estão os itens que, até então, apenas tinham desconto. São eles: anticoncepcionais; fraldas geriátricas, e remédios para tratamento para Doença de Parkinson, controle do colesterol e controle da rinite.
Confira a lista de medicamentos disponíveis:
Gratuitos para toda a população
- Asma: brometo de ipratrópio (0,02 mg e 0,25 mg); dipropionato de beclometasona (50 mcg, 200 mcg e 250 mcg); sulfato de salbutamol (100 mcg e 5 mg).
- Diabetes: cloridrato de metformina (500 mg, com e sem ação prolongada, e 850 mg); glibenclamida (5 mg); insulina humana regular (100 ui/ml); insulina humana (100 ui/ml).
- Hipertensão: atenolol (25 mg); besilato de anlodipino (5 mg); captopril (25 mg); cloridrato de propranolol (40 mg); hidroclorotiazida (25mg); losartana potássica (50 mg); maleato de enalapril (10 mg); espironolactona (25 mg); furosemida (40 mg); succinato de metoprolol (25 ml)
Com coparticipação (e, agora, também gratuitos para quem recebe Bolsa Família)
- Anticoncepcionais: acetato de medroxiprogesterona (150 mg); etinilestradiol (0,03mg) + levonorgestrel (0,15 mg); noretisterona (0,35 mg); valerato de estradiol (5 mg) + enantato de noretisterona (50 mg)
- Dislipidemia (colesterol alto): sinvastatina (10 mg, 20 mg e 40 mg)
- Doença de Parkinson: carbidopa (25 mg) + levodopa (250 mg); cloridrato de benserazida (25 mg) + levodopa (100 mg)
- Glaucoma: maleato de timolol (2,5 mg e 5 mg)
- Incontinência: fralda geriátrica
- Osteoporose: alendronato de sódio (70 mg)
- Rinite: budesonida (32 mg e 50 mg); dipropionato de beclometasona (50 mcg/dose)
- Diabetes tipo 2 + doença cardiovascular (> 65 anos): dapagliflozina (10 mg)
Não será necessário fazer um novo cadastro para retirar esses medicamentos de forma gratuita. A identificação do beneficiário será feita pelo próprio sistema do Farmácia Popular. De acordo com o governo federal, a iniciativa amplia o acesso à assistência farmacêutica a 55 milhões de brasileiros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz o lançamento do Farmácia Popular reformulado nesta quarta-feira (7), durante cerimônia em Recife.
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O programa foi criado em 2004, com o objetivo de garantir a continuidade do tratamento de doenças através de medicamentos gratuitos ou com descontos e fralda geriátrica. Após oito anos sem farmácias credenciadas, o Ministério da Saúde informou que está retornando com as novas habilitações, priorizando os municípios de maior vulnerabilidade que aderiram ao Mais Médicos. Ao todo, 811 cidades poderão solicitar credenciamento de unidades em todas as regiões do país, sendo 94,4% delas no Norte e Nordeste. A expectativa é que o Farmácia Popular passe a ter unidades em 5.207 municípios brasileiros, equivalente a 93% do território nacional, até o fim deste ano.
Também deve ser anunciada nesta quarta-feira a introdução do Farmácia Popular em comunidades indígenas – que poderão indicar um representante para retirar a medicação, sem a necessidade de informar CPF. Segundo o governo, essa modalidade do programa será testada em um projeto-piloto no território Yanomami, em Roraima.
O que é necessário para pegar remédio gratuito ou com desconto
- O paciente deve ir a um estabelecimento credenciado - farmácias e drogarias que exibem o selo "Aqui tem Farmácia Popular".
- É preciso presentar dois documentos:um documento oficial de identidade com foto e número do CPF e receita médica dentro do prazo de validade, seja emitida pelo SUS ou por um médico particular.
- No caso das fraldas geriátricas, o paciente deve ter mais de 60 anos ou ser pessoa com deficiência. Também é necessário prescrição, laudo ou atestado comprovando a necessidade do uso das fraldas.
- Caso o paciente não tenha condições de comparecer à farmácia, os medicamentos podem ser retirados por um representante legal ou procurador. Para isso, essa pessoa deve apresentar a receita e os documentos oficiais de quem usará o medicamento.
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