Belém lidera a geração de empregos no Pará, nos últimos 10 anos

De 2011 a 2020, em média, cerca de 100 mil pessoas foram admitidas por ano, na capital paraense

Laís Santana
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Novo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Pará, divulgado na manhã de segunda-feira (11), aponta Belém como o município paraense que mais gerou oportunidade de empregos formais entre as demais cidades paraenses nos últimos dez anos. De 2011 a 2020, a média de trabalhadores admitidos por ano na capital foi cerca de 100 mil pessoas. O balanço foi elaborado em parceria com a Prefeitura Municipal de Belém, com base em informações do Ministério da Economia.

De acordo com o Dieese/PA, no ano passado, de janeiro a novembro, no comparativo entre admitidos e desligados, Belém apresentou saldo positivo na geração de empregos formais. Foram registradas na capital 76.110 admissões, contra 72.472 desligamentos, gerando um saldo positivo de 3.638 postos de trabalhos.

O levantamento também apontou que houve crescimento na oferta de empregos formais na maioria dos setores econômicos, com destaque para a Construção com saldo positivo de 1.621 novas vagas de emprego, seguida pelo Comércio com 1.407 postos de trabalho gerados. O setor da Indústria em Geral registrou um saldo positivo de 765 novas admissões e a Agropecuária gerou 251 empregos formais. No mesmo período, apenas o setor de Serviços apresentou queda na geração de empregos formais, com saldo negativo de 406 oportunidades. 

Entre os municípios do Estado com mais de 30 mil habitantes, Belém foi a cidade com maior número de contratações com carteira assinada, totalizando cerca de 76.110, seguida por Parauapebas com a contratação de 31.718 pessoas; Ananindeua com a admissão de 18.438 trabalhadores, e Marabá com 16.685 pessoas contratadas. 

Em relação a outras capitais da região Norte, o balanço do Dieese/PA mostrou que a capital paraense ficou atrás apenas de Manaus (AM), que registrou no ano passado a geração de 11.409 postos de trabalho. No comparativo entre admitidos e desligados, apenas Porto Velho (RO) apresentou queda na geração de empregos formais com saldo negativo de 199 postos de trabalho. 

Na avaliação de Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese/PA, é necessária a junção de esforços para potencializar a geração de empregos na região.

“Precisamos com urgência de uma política mais ampla de desenvolvimento e crescimento econômico na capital e região metropolitana, para a retomada na geração de novos empregos. Ao mesmo tempo, reafirmamos a importância de maior investimento (público e privado) na educação e qualificação profissional com abrangência ampla para a capital e demais municípios do Pará”, ressaltou.

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