Barril de petróleo registra menor cotação desde 2002
Produto é vendido a US$ 22,89 em Londres, queda de 8,18% na comparação com a última sexta-feira (27)
Impactado pela pandemia do novo coronavírus, o barril Brent do petróleo iniciou a semana em forte queda, na menor cotação desde 2002. Às 6h25 desta segunda-feira (30), o barril era vendido a US$ 22,89 em Londres, uma queda de 8,18% na comparação com o fechamento da última sexta-feira (27), pouco antes de uma queda a US$ 22,58, menor nível desde novembro de 2002. Em Nova York, o barril de WTI para maio recuava 4,88%, a US$ 20,46, depois de ser negociado abaixo da barreira dos US$ 20.
"Isto reflete simplesmente a crescente consciência de que a demanda por petróleo está em colapso, provavelmente muito mais que os 20% que eram previstos para abril e maio", afirmam os analistas da JBC Energy. A crise de saúde e as medidas drásticas adotadas para conter a propagação do vírus, como limitar o deslocamento de pessoas e mercadorias, afeta a demanda por combustível.
Para Hussein Sayed, da FXTM, além do confinamento, "a ruptura do acordo OPEP+ continuará pesando sobre os preços". Dois dos três principais produtores mundiais, Arábia Saudita e Rússia, entraram em uma guerra de preços desde o fracasso das negociações para um acordo entre os membros da OPEP e 10 países aliados.
Os preços estão tão baixos agora que não tem sido lucrativo para muitas empresas seguir em atividade, disseram analistas, apontando que produtores com custos elevados não terão escolha a não ser paralisar produção, especialmente porque as alternativas de armazenamento já estão quase cheias.
"A demanda global por petróleo está evaporando devido às restrições a viagens impostas pela Covid-19 e medidas de distanciamento social", disse o analista de petróleo do UBS, Giovanni Staunovo.
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