Aplicação e troca de películas automotivas: custos, benefícios e o que diz a legislação

Investimento varia de R$ 70 a R$ 4.500, dependendo da qualidade da película e da mão de obra

Maycon Marte
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Películas automotivas oferecem segurança e manutenção de temperatura para consumidores de Belém que passaram a investir no serviço. O empresário do ramo, Leandro Rodrigues, explica que o investimento varia de R$ 70 a R$ 4.500, dependendo do tipo da película e da mão de obra. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamenta o uso em automóveis, através do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece 70% de transparência mínima no para-brisa e vidros laterais dianteiros, e 28% nos vidros traseiros, com possibilidade de multa, 5 pontos na carteira ou retenção do veículo, para os que descumprirem a norma.

Das opções disponíveis no mercado, o empresário destaca os três modelos principais: glue dyed (tintadas), chip dyed (profissionais) e deep dyed (tingimento em profundidade), nesta última prevalece a característica de não desbotar. A principal diferença entre elas é o grau de proteção contra o calor, que pode variar de 15% a 96%, a qualidade da visão de dentro para fora e a durabilidade da proteção UV, que está ligada à durabilidade da película. Em ordem de qualidade, existem películas que contêm metal, carbono e cerâmica, mas há também a possibilidade de fabricação mista.

Também existem as chamadas “películas de segurança ou anti vandalismo”, que possuem uma espessura maior e seguram estilhaços de vidro. No entanto, embora a segurança seja o principal objetivo dos consumidores, Leandro explica que as películas também preservam o interior dos veículos, além de reduzir gastos com ar-condicionado, evitando a passagem do calor. “As películas hoje conseguem reduzir em até 96% dos raios Infravermelhos que causam aquecimento/calor dentro do carro”, explica.

Variação de preços

Para aplicar a película será necessário um investimento de no mínimo R$ 70, isso em modelos mais básicos, com maior transparência e menor resistência à luz e ao calor. Há também quem gaste mais por uma durabilidade maior e mais proteção, nesses casos o investimento pode variar de R$ 700 a quase R$ 5 mil reais. Sobre as variações possíveis, o empresário cita alguns fatores importantes para se considerar: mão de obra, tipo da película e aplicação do produto.

“O que pode variar o preço de uma película que já tem um preço de tabela será a dificuldade de realização do serviço e as condições do carro, como uma película antiga que vai levar um tempo maior para ser retirada”, pontua.

A retenção de calor melhora o desempenho do ar-condicionado, refletindo em mais economia. Para os modelos mais comuns, a durabilidade fica entre 1 e 2 anos, já nos casos excepcionais, com películas mais avançadas, o produto pode durar até 15 anos. O tempo de aplicação varia entre 1h e 1h30, dependendo do tipo de carro.

Outras vantagens recaem sobre a economia com ar-condicionado, devido à função de reter calor. Além disso, um carro com películas aplicadas pode valer mais na hora da revenda. “É difícil mensurar o quanto pode gerar de valor numa negociação, mas se tiver alguma comprovação sobre a qualidade da película, esse valor investido pode entrar na negociação, sim”, afirma Leandro.

Média de preços em Belém:

  • Tintada (R$ 70 - R$ 120)
  • Profissional (R$ 120 - R$ 350)
  • Carbono (R$ 250 - R$ 1500)
  • Cerâmica (R$ 800 - R$ 4500).

Avaliação dos consumidores

No caso de Vagner da Conceição, de 39 anos, o calor é a principal razão para o uso das películas no seu carro. Ele conta que trabalha na área de construção civil e precisa viajar frequentemente com o carro, por isso optou por utilizar o produto para reduzir o calor nos seus trajetos. Essa realidade também influenciou na escolha dos diferentes tipos de película que utiliza em cada um dos vidros, os mais fortes, onde o sol costuma ser mais intenso, e os modelos mais básicos, onde há menos incidência de luz solar.

“Eu gosto da película de cerâmica aqui no para-brisa e na lateral eu costumo colocar a de carbono, porque a cerâmica tem uma redução de mais de 90% do calor, e as outras chegam a 70%”, explica.

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