Açúcar bruto cai ao nível mais baixo desde início de junho; cacau também cede

Mas demanda continua firme, com o Brasil, principal exportador, enviando 50% mais açúcar no primeiro semestre

Reuters
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Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE caíram para o nível de preço mais baixo desde o início de junho, nesta sexta-feira, em meio a uma melhora nas perspectivas de safra na Ásia, enquanto os contratos futuros do cacau reverteram ganhos iniciais e terminaram em forte queda.

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Açúcar

O contrato outubro do açúcar bruto fechou em queda de 0,28 centavos de dólar, ou 1,5%, a 18,66 centavos de dólar por libra-peso, depois de cair mais cedo para 18,55 centavos de dólar, o menor nível desde 3 de junho. O contrato perdeu 2,8% na semana e havia recuado 4,6% na semana anterior.

Comerciantes disseram que a melhoria das perspectivas de safra na Ásia ajudou a colocar o mercado na defensiva. Alguns analistas aumentaram suas projeções para a produção global nesta semana, esperando volumes maiores da Índia e da Tailândia. Mas a demanda continua firme, com o Brasil, principal exportador, enviando 50% mais açúcar no primeiro semestre. O contrato outubro do açúcar branco caiu 0,8%, a 541,20 dólares a tonelada.

Cacau

O contrato setembro do cacau em Londres caiu 285 libras, ou 4,3%, para 6.338 libras por tonelada. O contrato perdeu 4% na semana. O mercado reverteu ganhos anteriores de mais de 3%, após um aumento de 2,2% nos dados de moagem do segundo trimestre na América do Norte. Corretores e analistas esperavam que a moagem ficasse estável ou em baixa. O contrato setembro do cacau em Nova York caiu 4,7%, para 7.689 dólares a tonelada.

Café

O contrato setembro do café arábica caiu 2,7 centavos de dólar, ou 1,1%, para 2,382 dólares por libra-peso, com o mercado ampliando seu recuo em relação à alta de 2,5530 dólares registrada na semana passada, que foi de dois anos e meio. O contrato perdeu 4,2% na semana. Comerciantes disseram que a retração não era inesperada, dada a extensão dos ganhos recentes, mas o mercado permaneceu sustentado por uma safra menor do que a esperada no Brasil.

A produção de café no Brasil, o maior produtor mundial da commodity, deve ser 4 milhões de sacas menor do que o inicialmente projetado, devido ao fraco desenvolvimento da safra sob clima seco, segundo a consultoria Safras & Mercado. O contrato setembro do café robusta subiu 1,1%, a 4.530 dólares por tonelada. O mercado estabeleceu um recorde de 4.681 dólares na semana passada.

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