Dia do Orgulho LGBTQIA+: entenda o que é a cirurgia de redesignação sexual para pessoas trans

Procedimento cirúrgico pode ou não ser parte da afirmação de gênero

Gabriel Bentes
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No Dia do Orgulho, celebrado em 28 de junho, é de extrema importância espalhar informações importantes referente à afirmação de gênero tanto para a comunidade LGBTQIA+ quanto ao restante da sociedade. Questões quanto a sexo, sexualidade e gênero ainda são bem presentes em diversos âmbitos e, se não ditadas corretamente, podem ser ofensivas.

A exemplo, muito se pensa que para a pessoa ser reconhecida como transsexual ela precisa alterar os órgãos genitais. No entanto, a questão da identidade de gênero vai além do sexo biológico, e sim em como a pessoa se sente e como ela se identifica em sociedade.

Quem não possui as condições necessárias para realizar cirurgias desse tipo, acaba que, muitas vezes, pela pressão social, sofrendo de disforia de gênero, que é o sentimento de não-identificação ao sexo biológico e ao gênero que foi lhe atribuído ao nascer. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente a cirurgia de redesignação sexual, procedimento cirúrgico que pode ou não ser parte da transição de pessoas transgêneras

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O que é cirurgia de redesignação sexual?

cirurgia de redesignação sexual (CRS) é o procedimento cirúrgico onde as genitálias/características sexuais são retiradas, alteradas ou implantadas para que o paciente se sinta mais associado ao gênero ao qual se reconhece.

A CRS também pode ser chamada de: 

  • Cirurgia de redesignação de gênero;
  • Cirurgia de reconstrução sexual;
  • Cirurgia de reconstrução genital;
  • Cirurgia de confirmação de gênero;
  • Cirurgia de afirmação de sexo.

Vale destacar que os termos "mudança de sexo" ou "operação sexual", são comumente usados, são imprecisos. Em alguns países, a literatura médica opta pelos termos genitoplastia de feminilização e genitoplastia de masculinização para se referir ao procedimento cirúrgico.

Mulheres trans

A cirurgia de redesignação sexual em mulheres transsexuais (MtF — Male to Female em inglês) envolve a reconstrução do genital em uma vagina. Ainda, há casos de mulheres trans não se submeterem a redesignação sexual. A paciente pode também realizar a mamoplastia de aumento, para aumentar o tamanho das mamas a partir da implantação de próteses de silicone específicos.

Às vezes, pelo valor da cirurgia ou não possui profissionais para realizarem no lugar onde mora, algumas mulheres trans optam por aplicarem silicone industrial, líquido comum utilizado em fábricas, para limpeza de peças de avião e de carros, vedação de vidros, lubrificação, impermeabilização de azulejos, entre outras funções. No corpo, esse material é extremamente perigoso e pode levar a deformações em algumas regiões e até mesmo a morte.

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Homens trans

Em homens trans (FtM — Female to Male em inglês) , o processo de redesignação sexual pode se referir a um conjunto de procedimentos cirúrgicos, como a remoção de seios, reconstrução da genital e lipoaspiração. Geralmente, eles se submetem a cirurgia de retirada das mamas por uma questão mais visual. Além desse, há também a histerectomia, que é a remoção do útero.

Quanto a questão da reconstrução genital em homens trans, apesar de existir a metoidioplastia, que é um procedimento cirúrgico para criar um pênis, as técnicas atuais ainda não modelam um neofalo com uma qualidade estética e funcional satisfatória. 

(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de OLiberal.com)

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