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Festival de Parintins e Arraial do Pavulagem: conheça as diferenças entre os festejos nortistas

O Festival de Parintins ocorre no Amazonas e o Arraial do Pavulagem, no Pará. Ambos são festejos nortistas e da Amazônia cheios de cultura, tradição, música e dança.

Lívia Ximenes
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O norte do Brasil é repleto de cultura e tradição, que se manifestam em celebrações. No Amazonas, o Festival de Parintins. No Pará, o Arraial do Pavulagem. Durante o mês de junho, os festejos da Amazônia permeiam o dia a dia dos moradores de Parintins e Belém.

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O Arrastão do Pavulagem, que está na 37ª edição, ocorre nos meses de junho e outubro na capital do Pará. Nesse ano, a festa está marcada para os dias 16, 20 e 30 de junho e 7 de julho.

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O Festival de Parintins é marcado pela presença dos bois Garantido e Caprichoso, enquanto o Arraial do Pavulagem conta com o Boi Pavulagem. Apesar da semelhança com o símbolo do animal, as comemorações possuem diferenças significativas. Confira abaixo.

Duração e data

Por três dias, o Festival de Parintins reúne centenas de pessoas. Em 2024, o festejo está em sua 57ª edição e ocorre sempre no último fim de semana de junho. Neste ano, será nos dias 28, 29 e 30 de junho. A celebração de disputa entre Boi Garantido e Boi Caprichoso ocorre no Centro Cultural de Parintins, chamado de Bumbódromo. Para assistir às apresentações presencialmente, é preciso adquirir ingresso de forma antecipada ou enfrentar uma longa fila de até 24 horas para entrar gratuitamente.

Por outro lado, o Arraial do Pavulagem é um grupo musical, criador do Arrastão do Pavulagem. A festa com shows e danças é em formato de cortejo que passa pelas ruas de Belém, capital do Pará. Nesse ano, o 37º arrastão está marcado para os dias 16, 23 e 30 de junho e 7 de julho. O evento é aberto ao público.

Componentes

Por meio de apresentações, os bois Garantido e Caprichoso concorrem para definir o melhor do ano no Festival de Parintins. Ao todo, 21 itens são avaliados:

  • Apresentador,
  • Levantador de Toadas,
  • Batucada/Marujada,
  • Ritual Indígena,
  • Porta-Estandarte,
  • Amo do Boi,
  • Sinhazinha da Fazenda,
  • Rainha do Folclore,
  • Cunhã-Poranga,
  • Boi-Bumbá Evolução,
  • Toada/Letra/Música,
  • Pajé,
  • Povos Indígenas,
  • Tuxaua,
  • Figura Típica Regional,
  • Alegoria,
  • Lenda Amazônica,
  • Vaqueirada,
  • Galera (isto é, a torcida),
  • Coreografia,
  • Organização do Conjunto Folclórico.

Enquanto isso, o Arraial do Pavulagem não é uma competição e, por isso, não possui itens a serem avaliados. A festa é voltada unicamente para diversão e entretenimento do público.

Bois

O Festival de Parintins é marcado pelas cores vermelho e azul, que representam os bois Garantido - com um coração na testa - e Caprichoso - com uma estrela no topo da cabeça. Entretanto, nos anos 1970 e 1980, um terceiro boi participou do festejo: o Campineiro. Enquanto o Garantido é branco e o Caprichoso, preto, o Campineiro era cinza e possui um sol amarelo na fronte. O terceiro boi não teve tanto destaque na disputa quanto os demais e há décadas não compete.

Já no Arraial do Pavulagem há apenas um símbolo bovino: o Boi Pavulagem. Azul, com flores adornando seus cornos, uma estrela amarela na testa e muito brilho como enfeite, o boizinho de Belém alegra as ruas da cidade das mangueiras durante os arrastões.

Torcidas

Encarnados versus azulados. Garantido versus Caprichoso. No Festival de Parintins, a presença de torcedores é destaque, além de ser um dos itens de disputa. Sejam do lado vermelho ou azul, os presentes são divididos no Bumbódromo conforme a preferência, apoiam o espetáculo e estimulam as apresentações. Enquanto um boi se apresenta a outra galera (como é chamada a torcida) deve ficar sentada, em silêncio.

Diferente do que acontece em Parintins, em Belém todos são um só durante o Arraial do Pavulagem. Aqueles que participam dos arrastões são chamados de brincantes, mais conhecidos como pavuleiros. Os apaixonados pelo boizinho azul saem pelas ruas vestindo o tradicional chapéu de palha adornado com fitas amarelas, vermelhas e verdes.

Turismo

Segundo o Governo Estadual do Amazonas, o Festival de Parintins movimentou R$ 146 milhões durante o festejo em 2023. Na 56ª edição da celebração, o espaço para turistas, chamado de Turistódromo, atraiu 50 mil visitantes. Devido à grandiosidade e ao destaque que Garantido e Caprichoso garantem ao município, Parintins recebe viajantes curiosos o ano inteiro. Durante a semana do festival, que conta com festas 24 horas por dias em inúmeros pontos na cidade, mais de 100 mil turistas circulam na Ilha da Magia.

Em Belém, o cenário é outro durante o Arraial do Pavulagem. Apesar da grande quantidade de pavuleiros (cerca de 35 mil só no primeiro dia de arrastão nesse ano, conforme a Agência Belém), a festa atrai curiosos de outras cidades e estados apenas nos meses de junho e outubro.

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão de Enderson Oliveira, editor de Oliberal.com)

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