Adanilo, ator Nortista premiado, estreia em novelas com o personagem Deocleciano de 'Renascer'

Novela ganha releitura para estrear em 2024, na Globo.

Bruna Dias
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O ator manauara Adanilo chega em “Renascer” fazendo a sua estreia em novelas. Experiente em produções mais curtas como cinema e séries, o ator premiado, chega para viver Deocleciano. O fiel escudeiro e confidente de José Inocêncio, é o braço-direito e um dos primeiros funcionários do ‘coronelzinho’. Deocleciano ajuda José Inocêncio a construir seu império ainda na primeira fase da novela, ele será padrinho de João Pedro (Juan Paiva), o filho caçula e desprezado pelo protagonista, que terá todo o acolhimento do casal desde o nascimento.

O  ‘coronelzinho’ é vivido por Humberto Carrão na primeira fase.

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“Estou no núcleo dos protagonistas, a gente tem ali o Zé Inocêncio com Humberto e meu personagem é o melhor amigo dele junto com o Jupará, são os dois melhores amigos e juntos ajudam a construir essas peças de império do cacau. A gente nem gosta muito de usar esse termo império porque estamos lidando com tudo de outra maneira, a gente está tentando enxergar as coisas de outra maneira e tentando atualizar um pouco a história. Acho que eles não são simples empregados do José Inocêncio, são amigos mesmo eles topam empreender juntos essa aventura, acho que isso que vai deixar até mais interessante, essa repaginada na relação deles, menos empregatícia. Eles constroem essa fazenda juntos, trabalham juntos, mas a gente está construindo uma coisa tão bonita que eu acho que isso se dá também pela nossa relação nossa, minha e do Carrão , a gente é amigo desde quando fizemos o Marighella juntos e agora estamos trabalhando juntos de novo faz com que a gente se aproxime cada vez mais, se torne muito mais amigo um do outro e isso está se refletindo no trabalho também”, avalia o artista.

Adanilo coleciona no seu currículo dezenas de trabalhos de sucessos como os filmes “Eureka”, "Marighella", "Oeste Outra Vez", "O Rio do Desejo" e "Noites Alienígenas", e em sérias, como: “Ricos de Amor 2”, “Cidade Invisível”, “Dom” e "Um Dia Qualquer". Na Globo, ele já fez alguns trabalhos, incluindo a série "Segunda Chamada".

O artista é indígena, descendente de povos das regiões do Baixo Solimões e do Baixo Tapajós.

“Fico muito feliz de poder ocupar os espaços. Acho que a gente que é do Norte, eu que sou uma pessoa indígena da periferia de Manaus, me sinto muito realizado, porque eu sei que é não é uma vitória só minha, poder estar em um trabalho como esse é muito engrandecedor assim. Mais ainda por ser esse trabalho especificamente, acho que ‘Renascer’ é uma novela muito conhecida, muito bem feita também. Uma trama que a gente tem memória a primeira versão, então, poder estrear em novelas com esse produto específico, com esse trabalho, é muito lindo. Nada é por acaso, foi o momento e ocasião correta para fazer esse trabalho, é nisso que eu tenho acreditado”, disse o ator.

“Renascer” estreia no próximo dia 22 de janeiro, no lugar de “Terra e Paixão”. A trama chega cheia de lendas e mistérios, na vastidão das plantações de cacau. Ela é uma releitura escrita por Bruno Luperi, baseada na obra de seu avô, Benedito Ruy Barbosa, e com direção artística de Gustavo Fernandez.

“A gente tem gravado bastante. Tivemos uma preparação muito legal assim de prosódia. Como é uma novela que se passa no sul da Bahia, precisamos entender mais desse contexto de Ilhéus, Itabuna, aquela região. Tivemos uma preparação muito linda com o Jeff e com o Moira foram nossos preparadores, a prosódia com a Íris, mas também uma coisa que acho que foi determinante foi a gente ter ido, momentos antes da gravação para Ilhéus, vivenciando um pouco a roça de cacau, a experiência da fazenda, tendo contato com quem trabalha com isso. Então foi muito produtivo nesse sentido. Fiquei encantado assim. Além do mais o sul da Bahia é um lugar maravilhoso, um paraíso. Acho muito bonito quando um trabalho pode te levar a novos lugares, tanto físicos, regiões novas, cidades que você não conhecia, Estados que você nunca tinha visitado, eu mesmo nunca tinha ido no Nordeste, além de lugares de emoção”, destaca o manauara. 

“Gosto muito de poder trabalhar com cinema, com televisão, com audiovisual é muito esse prazer, de lidar com situações novas, com pessoas novas, com coisas que eu nunca faria. Sempre falo isso, adoro ser ator por causa disso, ser e produzir coisas que eu mesmo como pessoa física, que o Adanilo não viveria. Tão comummente a gente empresta nossos corpos para contar essas outras histórias, para viver outras situações fora da nossa realidade. Isso é muito bonito!”, finaliza o ator.

 

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