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Sabedoria feminina e ancestral é tema do documentário ‘Curandeiras’ com sessões gratuitas

O público de Belém, Ilha de Colares e Ananindeua poderá prestigiar as exibições. Confira os dias e horários na matéria!

Amanda Martins
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O documentário Curandeiras’ será lançado nesta semana com exibições gratuitas em diferentes locais do Pará. O curta-documentário, que explora a riqueza cultural e espiritual da região amazônica, será exibido nos dias 12, 13 e 15 de dezembro. As apresentações acontecerão, respectivamente,  no Teatro Cuíra, no bairro da Cidade Velha, em Belém, às 20h; no Chão de Tupinambá, na Ilha de Colares, também às 20h; e no Teatro Municipal de Ananindeua, às 11h. 

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Curandeiras' traz à tona as histórias de Wlad Lima, Mãe Rita D'Oxum e Tereza Tupinambá, mulheres que dedicam suas vidas às práticas de cura e preservação de saberes ancestrais. O documentário aborda os desafios enfrentados pelo trio, em suas respectivas realidades, em um contexto social marcado pelo machismo e destaca suas trajetórias de força e resiliência, tanto no ambiente urbano quanto na floresta.

O longa, sobre três mulheres curandeiras da Amazônia, foi idealizado pela produtora Ana Marceliano, que, ao longo do processo, disse ter se envolvido profundamente com as protagonistas. 

Ela destaca que, ao contar as histórias dessas mulheres, está, na verdade, compartilhando a vivência de muitas outras que dedicam suas vidas ao cuidado daqueles que buscam auxílio. "Ao contar um pouco da história das três, estamos falando de muitas outras mulheres que oferecem sua energia e tempo para amparar quem precisa", explicou.

Segundo Ana, é uma imensa felicidade para a equipe entregar este documentário ao público. “Esperamos com ele inspirar esperança em dias melhores, levando esclarecimento à sociedade sobre o tema da cura. Combatendo assim o preconceito que estas mulheres enfrentam no seu cotidiano de vida”, afirmou.

Para a diretora Raissa Araujo, o filme aborda a urgência de preservar os saberes tradicionais da Amazônia, essenciais para o bem-estar das comunidades locais. Araujo enfatiza que essas mulheres, além de serem guardiãs de conhecimentos vitais, representam uma resistência a um sistema que frequentemente marginaliza suas práticas de cura, que muitas vezes são vistas como ‘místicas' ou menos válidas pela sociedade.

“É crucial desmistificar alguns tabus associados a essas práticas, como a questão de pagar pelos serviços ou pelos itens necessários para realizar determinadas curas. O conhecimento que elas detêm foi construído através de experiências, estudos e práticas, e isso deve ser parte do reconhecimento do seu trabalho”, declarou. 

Ao trazer essas narrativas e também conscientização, o longa, de acordo com Raissa, propõe uma reflexão sobre a importância do cuidado coletivo e da empatia. “É essencial que possamos reconhecer o papel vital dessas mulheres, não apenas como curandeiras, mas como agentes de transformação social, que oferecem esperança e força em tempos de crise", acrescentou. 

Além das sessões, os espectadores terão a oportunidade de participar de um bate-papo ao final das exibições dos documentários mediado pela professora e doutora Maria dos Remédios, que atua no programa de pós-graduação em Filosofia e pós-graduação em Artes, ambos da Universidade Federal do Pará (UFPA). 

Maria dos Remédios tem interesses pela Psicanálise,  esquizoanálise, filosofia, subjetividade e arte,  transversalizando temáticas da Filosofia Contemporânea, arte e educação. “Sua participação como mediadora do bate-papo irá enriquecer ainda mais este encontro onde as entrevistadas e suas comunidades poderão assistir ao lançamento do documentário e conversar ao final sobre a experiência”, disse as responsáveis pelo documentário. 

O longa conta com recursos de acessibilidade, incluindo legendas descritivas para pessoas com deficiência auditiva e tradução da conversa por intérprete de Libras.

O projeto é financiado pela Lei Paulo Gustavo, por meio de edital de audiovisual da Secretaria de Cultura do Estado do Pará. A produção convida o público a mergulhar em práticas de cura que desafiam as convenções sociais e a refletir sobre a interconexão entre natureza, espiritualidade e arte.

Serviço:

Confira as exibições:

Em Belém:

  • Dia, local e horário: quinta-feira, 12 de dezembro, no Teatro Cuíra, no bairro da Cidade Velha, às 20h.

Na Ilha de Colares:

  • Dia, local e horário: sexta-feira, 13 de dezembro, no Chão de Tupinambá,  às 20h.

Em Ananindeua:

  • Dia, local e horário: domingo, 15 de dezembro, no Teatro Municipal de Ananindeua, às 11h.

Todas as exibições são entradas gratuitas.

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