Projeto Sonoridades marca 32 anos da Fonoteca Satyro de Melo, no Centur
Público poderá saber mais sobre produção musical paraense
A Fonoteca Satyro de Mello celebra seu 32º aniversário nesta quarta-feira (24), como espaço integrado à Biblioteca Pública Arthur Vianna. E para marcar a data, a Fundaçãio Cultural do Pará (FCP) lançará o projeto Sonoridades, que terá na estreia o músico e pesquisador Eduardo Barbosa. O evento começará às 17 horas e tem entrada franca.
Eduardo apresentará sua produção musical voltada para ritmos amazônicos com influência caribenha. Após o pocket show, haverá bate-papo com o músico e professor sobre o intercâmbio sonoro entre Amazônia e América Central. O evento será na própria Fonoteca, no terceiro andar do Centur. O Sonoridades visa ampliar a divulgação e disponibilizar o acervo público da Fonoteca Satyro de Mello, por meio da difusão da produção de músicos paraenses que utilizaram o acervo como espaço de pesquisa.
História
Criada em 1987 a partir da aquisição do acervo fonográfico do colecionador carioca Ricardo Pereira, na época adquirido pelo então presidente da FCP, o escritor João de Jesus Paes Loureiro, a Fonoteca Satyro de Mello foi idealizada como espaço de pesquisa, estudos e, sobretudo, de inspiração criativa. Seu nome homenageia o compositor e músico cametaense Raimundo Satyro de Mello, nascido em 1900 e considerado por estudiosos como o primeiro arranjador de músicas para disco do Brasil.
Radicado no Rio de Janeiro durante a maior parte da vida, Satyro de Mello dedicou sua trajetória a exaltar a musicalidade negra do Norte e Nordeste, compondo cocos, emboladas e sambas desde os anos 30. Ganhou destaque em terras cariocas pela habilidade de orquestrador e de grafista de partituras, em uma época em que músicos populares de origem humilde não tinham acesso a esse conhecimento. Seu domínio da linguagem musical o manteve em atividade até 1957, ano de seu falecimento.
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA