Morre poeta portuguesa Adília Lopes aos 64 anos
Autora de mais de 30 livros de poesia, ela morreu nesta segunda-feira (30) em hospital de Lisboa, onde estava internada
A poeta Adília Lopes morreu, nesta segunda-feira (30/12), aos 64 anos, no Hospital de São José, em Lisboa, onde estava internada. Adília Lopes escreveu mais de 30 livros de poesia, desde que publicou em 1985 o primeiro livro "Um Jogo Bastante Perigoso".
Na verdade, Adília Lopes era o pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira. A poetisa tinha ao menos 40 anos de vida literária, desde que se revelou na primeira edição do "Anuário de Poetas não Publicados" da Assírio & Alvim, em 1984.
A obra de Adília inclui livros como "O Poeta de Pondichéry", "Manhã", "Bandolim", "Estar em Casa", "Dias e Dias" e "Choupos". Este ano, ela reuniu a sua obra em "Dobra" (2024), numa edição com poemas inéditos.
Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira foi poetisa, cronista, tradutora e documentalista, segundo a biografia publicada pelo Centro de Documentação de Autores Portugueses, da Direção-Geral do Livros, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).
"Adília surgiu com um poema que escrevi no meu diário quando uma gata minha, a Faruk, desapareceu", contou a escritora numa entrevista ao jornalista Carlos Vaz Marques, citada no `site` da DGLAB.
O seu percurso tem início como estudante de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, curso que deixou para trás, depois de lhe ter sido diagnosticada "uma psicose esquizo-afectiva, doença da qual sempre falou abertamente, fosse na sua poesia, em crónicas, conferências ou entrevistas", lê-se na biografia do Centro de Documentação de Autores Portugueses (CDAP).
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