Luísa Sonza faz mergulho em si própria em novo disco, 'Doce 22'

Marcando o fim de ciclo movimentado, cantora exibe suas vulnerabilidades em segundo álbum da carreira

Lucas Costa
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Depois de marés ruins que deixaram suas cicatrizes, Luísa Sonza, uma das principais artistas pop do país, acaba de lançar seu tão aguardado segundo álbum de carreira, “Doce 22”. O projeto, que vem sendo elaborado há cerca de um ano, já está disponível em todas as plataformas de streaming. As 14 faixas do novo trabalho chegam junto a dois clipes das duas primeiras músicas de trabalho do projeto, as faixas “VIP *-*” e “Melhor Sozinha :-)-:”, ambas disponíveis no canal oficial da cantora no YouTube.

Os 22 anos retratados no trabalho foram marcados pelo crescimento exponencial da carreira e por diversos episódios sensíveis e difíceis envolvendo seu nome, com ondas de ataque e ódio na web, além de várias fake news. Vivendo esse turbilhão de acontecimentos, a cantora embarcou em um mergulho interno e extremamente pessoal, que resultou em “Doce 22”, lançado no mesmo dia do aniversário da artista, 18 de julho, em sua virada para um novo ciclo, no qual ela completa 23 voltas ao sol.

Antes do lançamento, em entrevista coletiva, Luísa falou sobre a ansiedade para o lançamento, que chegou a ser adiado por conta de um destes acontecimentos marcantes dos 22 anos. O disco levou 14 meses para ser finalizado, período em que a artista se dedicou totalmente ao projeto.

“Todos os dias da minha vida vivi para esse álbum, porque não só fui cantora nele, fui produtora, diretora criativa, compositora, roteirista e co-diretora dos clipes. Então esse álbum tomou conta da minha vida de uma maneira bizarra como nunca nada tinha tomado antes, e foi uma experiência muito incrível”, diz Luísa, confessando ainda que estava ansiosa para lançar o disco na data inicial, mas que foi difícil lidar com o que veio antes.

“Doce 22” tinha previsão de lançamento para o final do mês de junho, mas Luísa acabou sofrendo duros ataques após a morte do filho do humorista Whindersson Nunes, seu ex-marido. Para cuidar da saúde mental, Sonza adiou o lançamento e deixou as redes sociais por um tempo.

No retorno ao trabalho, ela diz entender sua responsabilidade, desde contratos até manter o trabalho de toda a sua equipe. Também fala sobre a expectativa em retornar às redes sociais.

“Acho que sentir o amor das pessoas vai ser muito importante para mim”, confessa Luísa. “Voltar e ver mensagens positivas e ver o quanta gente me mandou mensagem nesse meio tempo, isso é muito legal. Mas não vou mentir que foi incrível, que estou ótima, estou adorando. Tem dias e dias, e eu estou lidando com a minha depressão, com o meu pânico, com minha ansiedade, mas eles existem.  Eles não sumiram e não vão sumir de uma hora para outra”, conta.

“Doce 22” é descrito pela artista como um retrato de si mesma, onde expõe todo o seu lado pessoal incluindo suas inseguranças. No processo de criação, ela diz que as composições fluíram naturalmente, sem que o objetivo fosse fazer um álbum pessoal.

“Eu não percebi, aconteceu. Eu comecei a escrever as músicas e foi saindo. Esse álbum é consciente mas é muito inconsciente. Acho que foi tudo transbordando e foi saindo, e eu estou muito assustada com tudo isso, porque acho que eu nunca me joguei desse jeito, me expus assim, expus minhas vulnerabilidades como estou fazendo nesse álbum”, conta Luísa.

“Isso é muito assustador, porque eu nunca coloquei nenhum pézinho na vulnerabilidade dessa maneira, e isso em relação a qualquer coisa, seja em relação a música ‘2000 s2’, que é só uma musica sobre sexo; ou seja em ‘Melhor Sozinha :- )-:’, que é uma música sobre amor. Para mim está tudo sendo extremamente assustador, porque tudo está vindo muito sem filtro e muito sincero”, completa.

No disco, Luísa aproveita para conceber a estética visual do projeto com um mergulho nos anos 2000, trazendo sua própria versão de um período marcado por divas pop, como Britney Spears e Christina Aguilera. É dessa década também a inspiração para o nome do álbum, uma alusão ao ‘Sweet 16’, celebração que marca o início da maturidade na vida de uma menina em alguns países, e, também, ao ‘My Super Sweet 16’, reality show da MTV.

Composto por 14 faixas em diversos estilos musicais, “Doce 22” pode ser dividido em dois lados, como duas faces de uma mesma moeda, e isso é feito de duas formas no álbum: com uma faixa, “INTERlude :(”, e na grafia dos títulos das canções. O lado A, mais dançante e animado, investe na ousadia, sensualidade, coragem e traz seis músicas, com títulos em letras maiúsculas e a certeza de fazer todo mundo dançar. Entre as faixas presentes neste lado do álbum, estão “INTERE$$EIRA”, “2000 s2” e “CAFÉ DA MANHÃ ;P”, primeira parceria de Sonza com a cantora Ludmilla; além de “MODO TURBO”, hit lançado como single no final de 2020, com Anitta e Pabllo Vittar, e que acumula mais de 134 milhões de visualizações no YouTube e mais de 85 milhões de plays no Spotify.

A primeira parte de “Doce 22” acrescenta ainda dois feats internacionais à discografia de Luísa: “VIP *-*”, com o rapper americano 6lack; e “ANACONDA *o* ˜˜˜”, parceria com Mariah Angeliq, americana que é uma das recentes revelações do reggaeton e trap latino. O Lado B de “Doce 22”, mais sensível e melódico, mostra uma face mais vulnerável e intimista, ressaltado nos títulos redigidos com letras em minúsculo, traz também “penhasco.” + uma parceria com o cantor Jão, na faixa “fugitivos :)”, além de “melhor sozinha :-)-:” e “caos/flor ***”.

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