Exclusivo: Dona Onete valoriza potência feminina do Amazônia Para Sempre
A cantora marajoara conta que só acreditou na sua participação no projeto quando viu seu nome sendo anunciado na Liberal.

A cantora Dona Onete é uma das convidadas do projeto Amazônia Para Sempre, em Belém. Junto com Joelma, Gaby Amarantos e Zaynara, ela vai celebrar a força da mulher artista nortista. Dona Onete é conhecida como “A Rainha do Carimbó”, e as letras das suas canções celebram a cultura e a identidade da Amazônia.
“Quando o Geraldinho (Geraldinho Magalhães – sócio no Rio de Janeiro) me falou sobre o convite, fiquei preocupada, achando até que era uma brincadeira dele. Eu pensava que isso seria no Rio de Janeiro. De repente, estou vendo televisão e o canal Liberal fala de uma flor, mostrando-a e dizendo: ‘Dona Onete’. Eu fiquei com uma preocupação, pensando: ‘Como é que vou subir com minha cadeira de rodas naquela flor? Mas quem sabe eu não vou cantar lá embaixo? Fiquei refletindo’. Estou muito feliz, porque foi a mesma pessoa que me levou para o Rock in Rio, o Zé Ricardo (curador do Palco Sunset do festival). Ele me escolheu por causa da música Jamburana, que ele acha linda. Agora ele está me levando novamente para mostrar muitas coisas do Pará. Pelo menos estou mostrando o que o Pará tem, e tanto os paraenses quanto as pessoas de fora precisam conhecer. Estou muito lisonjeada com o convite. Vamos esperar, mas tenho certeza de que vai dar tudo certo”, disse a artista.
VEJA MAIS
A "flor" mencionada por Dona Onete é a vitória-régia, que se transformará em um palco flutuante no Rio Guamá, em Belém, no dia 17 de setembro. Na mesma estrutura temática, a cantora internacional Mariah Carey também se apresentará. Os shows serão fechados, sem a participação do público, mas o evento será transmitido para todo o país pelo Multishow e pela TV Globo.
A reunião de tantas mulheres poderosas do Pará, de diversas faixas etárias, destaca a importância e o legado da música local para o Brasil. “Ah, isso vai ser muito legal, porque quando uma mulher diz: ‘Eu vou falar alguma coisa’, ela já sabe somar, dividir e multiplicar, não diminuir, só aumentar! A mulher chega e fala do jeito dela, e as pessoas precisam aceitar o paraense do jeito que ele é! Vai ser exatamente isso, com a gente explicando por que somos assim e nossa história!” conta a cantora.
A reunião de tantas vozes paraenses, que levam os ritmos locais para todo o Brasil, resulta em uma mistura rica de sons. Através da musicalidade de cada uma, é possível encontrar representatividade, história e legado. “Gostei muito das pessoas escolhidas. A Gaby eu já conheço desde pequenininha, a Zaynara estou conhecendo agora, mas como ela é de Cametá e a cidade tem muitos músicos que eu conheço bem, não é à toa que existe a Banda Caferana, onde meus amigos tocam. Também tem a Joelma, que traz aquela música arretada para todo mundo; ela não só canta, mas também dança. Isso é muito bonito e chama muita atenção. Não é à toa que ela chegou até lá! Elas vão se juntar a mim, que canto sobre o Boi Bumba e outras tantas coisas. E ainda tem a Mariah, vindo de fora. A gente vai somar, multiplicar e dividir conhecimentos”, finaliza Dona Onete.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA