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COP 28: artistas amazônidas marcam presença na conferência da ONU sobre o clima

O evento ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com diplomatas e chefes de governo de mais de 190 países. Djuena Tikuna e Katpercussa são parte do time que leva música e arte à conferência.

Lívia Ximenes

O destaque da Amazônia ao redor do mundo tem se tornado cada vez mais evidente. Djuena Tikuna e Katpercussa são exemplo disso. As artistas amazônidas, naturais do Amazonas e Pará, marcam presença na COP 28, a 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento iniciou na última quinta-feira (30), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Mais de 190 países são representados por diplomatas e chefes de governo.

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Djuena Tikuna é cantora, compositora, atriz e jornalista natural de Tabatinga, no Amazonas. Indígena do povo Tikuna, a artista iniciou a carreira musical em 2006, quando formou o grupo Magüta com os irmãos. Em Manaus, capital amazonense, o grupo fazia apresentações no centro histórico, o que foi importante para o trabalho de Djuena. 


A participação indígena em um evento de grandes proporções, como a COP 28, é algo que deve receber destaque, segundo Djuena. A cantora afirma que a oportunidade de dividir a luta pela preservação da cultura e das florestas com representantes do mundo inteiro é fortalecedora.

“Lembrando que somos nós, povos indígenas, que trazemos a cura da terra. Seja através da nossa cultura que nos liga ao sagrado, seja através de nossas práticas de sustentabilidade em perfeita sintonia com a floresta”, declara.

Djuena reforça o poder da música amazônida, carregada de identidade e pertencimento ao território ancestral e fala que é sempre preciso dar abertura ao diálogo. “Através da música esperamos sensibilizar as pessoas, reflorestando corações para que entendam que a floresta é o manto da Mãe Terra e ela não se negocia”, assegura.


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O processo de buscas por melhorias no planeta está em andamento e Djuena faz parte do grupo de pessoas compromissadas com essa causa. A cantora espera que a participação expressiva de povos indígenas, mulheres e jovens na COP 28 seja lembrada. “Me sinto honrada em fazer parte da trilha sonora dos que lutam em defesa da sobrevivência da vida no planeta”, conta.

Há mais de 10 anos na música, Djuena fica feliz de ser ouvida no evento. Para a cantora, ainda há muito para ser dito. “A gente nunca entende em que lugar a nossa cantoria vai chegar. Ela não nos pertence”, reitera. Com expectativas para a COP 30, prevista para ocorrer em 2025 em Belém, Pará, a artista que o mundo vai se encantar com a cultura da Amazônia e suas florestas.

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Com mais de 20 anos de carreira, Katarina Chaves é percussionista e acompanha artistas paraenses e brasileiros de ritmos contemporâneos, como tecno-melody, carimbó, guitarrada, brega, lambada, forró e axé. Conhecida por Katpercussa, a artista é natural de Belém e se sente orgulhosa em representar a cultura da Amazônia.


Tocar na COP 28 é algo sensacional para Katpercussa. A percussionista reforça que todo artista sonha e almeja vencer com seu trabalho e tocar em muitos lugares, mas, para ela, levar a música da Amazônia ao mundo traz satisfação e felicidade.

“A nossa música tem muita força e é uma maneira legítima de expressar a nossa identidade amazônica”, considera.


Entre as discussões previstas para a 28ª Conferência do Clima da ONU, estão as perdas e danos de países atingidos pela crise climática. Katpercussa espera que esses debates tragam ao mundo entendimento sobre a necessidade da preservação da Amazônia.

Pensando em 2025, a artista torce que Belém, Pará e Amazônia sejam protagonistas da própria história durante a COP 30.

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Saiba mais sobre a COP 28

A 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) tem por objetivo a discussão e busca de soluções para a crise climática. Em cerca de duas semanas, o evento reúne diplomatas, chefes de governo, cientistas, membros da sociedade civil e entidades privadas de mais de 190 países.

É previsto que, neste ano, a COP 28 debata sobre o balanço global (Global Stocktake - GST), a eliminação gradual de combustíveis fósseis, perdas e danos de países afetados pela crise e financiamento e adaptação da mudança climática.

Os Emirados Árabes Unidos é quem sedia a conferência. O país do oriente médio é grande exportador de petróleo. Dubai foi a cidade escolhida para receber a cúpula.

Em 2025, a 30ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) está prevista para ocorrer em Belém, capital do Pará.

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão do Coordenador de Cultura, Abílio Dantas)

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