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Matt Sousa revela novo olhar sobre o Ver-o-Peso em sua primeira exposição individual

A mostra será aberta com um bate papo com o artista.

Bruna Dias
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A exposição “Vem ver comigo, amor”, do artista visual e fotógrafo Matt Sousa, será aberta nesta quarta-feira (17) na Galeria Azimute, localizada no Vila Container (Av. Magalhães Barata, 62). A visitação é gratuita e poderá ser feita das 9h às 22h, até o dia 8 de junho.
Para marcar a abertura, o artista convida o público para um bate-papo especial às 19h, no espaço da galeria.

Com 25 anos e morador da Cidade Nova, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, Matt Sousa iniciou sua trajetória artística em 2018. Além do trabalho como fotógrafo, também atua como arte-educador, buscando sensibilizar seus alunos para a diversidade e pautando sua prática em uma perspectiva anticapacitista, tanto na arte quanto no ambiente escolar.

Após participar de exposições coletivas, como “Levantes Amazônicos”, no Museu de Arte de Belém, Matt agora apresenta sua primeira mostra individual.

“A exposição conta uma narrativa em que eu dou ênfase ao Ver-o-Peso e seus momentos divididos em cores e sons. São 9 registros, divididos em amanhecer e entardecer, no mesmo lugar, mas nunca a mesma coisa, cada dia tem sua singularidade que nos conquista. O local é um território de muita memória, histórias e resistência, e conta com os seus afetos e sons. Procuro registrar cada momento e cada uma das pessoas com muito afeto, e cada ida ao Veropa é extremamente marcante, tanto com as trocas que temos ali, quanto com as próprias marcantes, pensando nisso, eu faço uma relação com as músicas, e o título baseado na música do Fernando Mendes, e cada fotografia possui um título baseado em algum brega, como se fosse uma playlist, e essa exposição é um convite, vem ver comigo, amor! Vem ver o nosso Veropa!”, explica o artista.

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Em “Vem ver comigo, amor”, Matt compartilha uma série de fotografias que retratam o Ver-o-Peso como um território de resistência, memória e movimento. Por meio de um olhar sensível e detalhado, o artista traduz a complexidade e a vitalidade da maior feira a céu aberto da América Latina, destacando suas cores, cheiros, sons, texturas e histórias.
A ideia dele foi valorizar tudo o que torna o Ver-o-Peso único, as pessoas, a diversidade cultural, o sincretismo religioso, os hábitos de um povo que transforma o espaço em algo vivo, pulsante. O recorte fotográfico apresentado busca ressaltar os elementos mais marcantes da paisagem urbana e humana, capturados a partir das vivências do artista dentro desse cenário tão emblemático da capital paraense

“Me sinto extremamente animado com essa exposição, é a primeira vez que tenho uma exposição individual e ainda é inacreditável, eu amo a fotografia, amo a arte e a nossa cidade, porém, sendo uma pessoa com deficiência, sei como é difícil ter os nossos corpos em espaços de protagonismo, seja como artista em alguma parede de exposições, ou em palcos de festivais, tendo em vista que tem um apagamento sobre nós, fico muito feliz de poder ter esse espaço, e poder comunicar sobre o que amo, e o que faço, e sempre lembrar que faço por amor até na força do ódio, amo a fotografia, mas a cidade inacessível me tira desse lugar de pertencimento, odeio cada queda que tive em cada calçada destruída, ou degraus por aí, em cada momento dessas fotografias, possuem coisas assim. A minha arte gira em torno de registrar os momentos com honestidade, afeto e resistência, pois ainda assim, temos que resistir pra existir, torço pra que nós cada ver mais possamos aparecer por aí, sendo protagonistas das nossas histórias e nossas artes, e não apenas nos mês de inclusão, pois além das nossas deficiências, somos pessoas, e também somos artistas”, conta o artista.

Agende-se

Data: hoje, 17
Hora: 19h
Local: Galeria Azimute - Av. Magalhães Barata, 62, na Vila Container 

 

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