Justiça de Minas Gerais suspende show de Joelma devido a alto cachê; saiba quanto
Organizadores do evento e o município estão proibidos de pagar qualquer valor referente à apresentação, além serem obrigados a ter que devolver qualquer custo pago de forma antecipada
A cantora Joelma foi impedida de realizar um show em Santa Bárbara do Tugúrio, um município de aproximadamente 4 mil habitantes, localizado a 200 km de Belo Horizonte, pela Justiça de Minas Gerais. A apresentação da artista estava agendada para o dia 30 de dezembro, como parte das festividades do aniversário da cidade.
A decisão foi tomada após o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizar uma Ação Civil Pública, levantando suspeitas de superfaturamento no cachê do evento. De acordo com informações do órgão, a cantora iria receber R$ 500 mil. O valor foi considerado “muito acima do preço de mercado”, pelo MPMG.
Após a determinação, os organizadores do evento e o município estão proibidos de pagar qualquer valor referente à apresentação, além serem obrigados a ter que devolver qualquer custo pago de forma antecipada. A Justiça também estipulou uma multa de R$ 1 milhão caso as determinações sejam descumpridas.
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Uma das justificativas que MPMG usou para “barrar” o show da cantora foi: o valor do cachê da paraense ter aumentado significativamente em pouco tempo. Por exemplo, em 2022, Joelma foi cocontratada por R$ 265 mil para realizar shows.
“A ausência de transparência no processo de contratação gera, em princípio, questionamentos sobre sua legalidade, com sinais de possíveis irregularidades”, destaca a sentença.
De acordo com o MPMG, o município e a empresa contratante já respondem a outra ação judicial pela contratação de Joelma em 2022, ao custo de R$ 265 mil. Na ocasião, um inquérito civil foi instaurado para investigar um suposto superfaturamento de aproximadamente R$ 145 mil na contratação do show, levando em conta o preço médio das apresentações realizadas pela cantora na época.
“A Ação Civil Pública n.º 5008239-57.2024.8.13.0056 visa o ressarcimento dos danos aos cofres públicos, além da aplicação de outras penalidades”, informou o Ministério Público.
Posicionamento
O prefeito da cidade, José Antônio Alves Donato (PSD), se pronunciou através das redes sociais e tentou esclarecer a situação, dizendo que está recorrendo à decisão da Justiça. De acordo com ele, o valor de R$ 500 mil abrange não apenas o pagamento da artista, mas também todos os custos relacionados à apresentação, tais como despesas com a banda, a equipe técnica, transporte, hospedagem, alimentação e tributos.
*(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)
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