Fotografia em movimento: fotografo é especialista em captar imagens com mobilidades

Ao encontrar fotos que paralisam o movimento, uma série de questões são levantadas, mas a maior delas é: como o fotografo conseguiu? Fotos de um jogo de futebol, de uma corrida ou de uma dança, a técnica usada para captar aquela imagem é arte e poesia.

Em seus mais diversos trabalhos, ao longo de 7 anos, Tuyuka Lara enche os olhos de quem se depara com as suas imagens. Congelando movimentos de dança com precisão, ele tem um acervo com milhares de fotografias.

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“Muito do que está nos meus trabalhos que envolvem movimento tem ligação direta como o fato de eu ser Arquiteto e Urbanista. Eu estudei Fotografia na universidade durante minha graduação em arquitetura. Busquei essa formação complementar mais próxima às belas artes e o encontro inevitável entre duas áreas tão correlatas acabou me proporcionando construir um olhar direcionado às questões do movimento dos corpos nas cidades”, contou Tuyuka Lara.

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O profissional começou a fotografar profissionalmente em 2015, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a fotografia era em eventos acadêmicos e festas noturnas. No ano seguinte, Tuyuka Lara começou a focar em uma fotografia mais artística baseada em retratos e documentação de movimentos sociais. “Nesse ano tive minhas primeiras oportunidades de expor meu trabalho em galerias de arte, ainda no contexto universitário no RJ e em MG. De 2017 em diante passei a ter oportunidades de fotografar grandes festivais de música em Belém, o que acabou me reaproximando da cidade profissionalmente e me deu a chance de desenvolver esses trabalhos conceituais por aqui também”, explicou.

De Belém, Tuyuka Lara viveu muitos anos no Rio de Janeiro, e um tempo fora do país. “Voltei a morar no meu Estado natal há um ano. Minha relação profissional com a cidade se construiu nas visitas anuais que sempre fiz quando estava fora. Comecei fotografando festivais de música e hoje sou artista ligado à Psica Produções”, contou.

Em 2019 e 2020, Tuyuka Lara fez parte do projeto CorpoCidade, junto com a bailarina Eduarda Falesi, que tem Ketlen Suzy como figurista. As imagens capturadas por ele mostram a leveza dos passos de balé em cenário de Belém. “Nossas reflexões, minha e de Eduarda, sobre a relação entre o corpo e a cidade sempre foram muito próximas. A percepção de que a dança praticada em pleno centro histórico de Belém poderia representar exatamente o que a gente pensava foi a raiz pro trabalho que nós desenvolvemos. O resultado foi bastante satisfatório, nós recebemos o prêmio RespirArte 2020 concedido pela FUNARTE, e o trabalho, hoje serve também de referência inclusive para o desenvolvimento da minha pesquisa de mestrado”, finalizou Tuyuka Lara.