‘Exposição Em Cores’ do Sebrae Pará encanta Dubai e deixa antecipação para a COP 30 em Belém
O público internacional tem dito oportunidades desde o último dia 6 de dezembro de conhecer mais sobre a Amazônia por meio do olhar artística de Rose Maiorana, Tarso Sarraf, Sebá Tajapós, And Santos e Regilanne Guajajara
A “Exposição Em Cores” do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), apresentada durante a COP 28 em Dubai, está deixando sua marca positiva no cenário internacional desde a abertura na última quinta-feira, 6, no Jaddaf Waterfront. Nela, estão reunidas obras dos artistas paraenses Rose Maiorana, Tarso Sarraf, Sebá Tajapós, And Santos e Regilanne Guajajara. O projeto, organizado pelo Sebrae Pará, reuniu uma seleção de dez obras, incluindo telas, fotografias, registros de telas e impressões digitais, que destacam a rica diversidade da Amazônia, e podem ser visitadas das 20h às 23h30.
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Em conversa com o Grupo Liberal, o curador e artista do projeto, Sebá Tajapós, compartilhou a alegria de estar recebendo a calorosa recepção dos visitantes. “Tivemos uma bela receptividade com nossas obras nesse pequena mostra popup e esperamos fazer algo maior para as próximas COPs em parceria com o Sebrae e o Governo do Estado”, declarou.
Segundo Sebá, os artistas levaram um verdadeiro pedaço da Amazônia para o Oriente Médio, que mostra a singularidade da região, enfatizando a sua importância cultural, geográfica e histórica. “Levamos um recorte dos povos ribeirinhos, indígenas, de nossas festas, alegrias e da receptividade do povo nortista brasileiro”, complementou o curador.
A artista indígena Regilanne Guajajara trouxe à exposição um quadro com grafismo característico de sua etnia, representando o casco de um jabuti. E, com isso, mostrar a importância de mostrar a diversidade de sua cultura. “Quis retratar a valorização da minha cultura, a preservação da biodiversidade e que nós temos muito a ensinar para todas as pessoas que não conhecem a realidade dos povos indígenas, repassar essa informação através da arte”, afirmou.
Ao trazer sua arte para Dubai e outros países, a artista indígena visa valorizar e fortalecer a identidade e a representativa dos povos originários. Questionada sobre o porquê representar o animal, Regilanne revelou: “Ele tem muita força e resistência e consegue ficar vários dias dentro da mata sem se alimentar, sem beber água. Para muitos povos, ele serve como proteção, como um aviso".
Já o artista das artes visuais And Santos, que também é integrante da exposição, trouxe um olhar singular sobre a cultura popular e folclórica das danças tradicionais amazônicas, reforçando a ideia da curadora de destacar a representatividade e a pluralidade da Amazônia por meio da visão dos artistas convidados.
“Pensei em pessoas que tenham obras relevantes para o cenário atual, que estejam em ênfase com exposições, trabalhando e falando sobre a Amazônia contemporânea, a Amazônia rural e a Amazônia Urbana. É bem amplo”, reforçou Sebá Tajapós.
A Diretora Comercial do Grupo Liberal e artista plástica Rose Maiorana afirmou que a exposição cumpre seu papel de levar ao público a realidade da Amazônia. “Através da combinação de fotografia e pintura, mostramos a Amazônia real aos visitantes”, acrescentou.
Para o fotógrafo Tarso Sarraf, poder estar mostrando a Amazônia mundo afora é de uma importância enorme. Ele e Rose Maiorana levaram para Dubai dois quadros, que tiveram intervenções artísticas de artista plásticas, e fazem parte da exposição “Amazônia Líquida”.
“Destacamos as belezas naturais, os ribeirinhos, retratando o dia a dia deles. Somos do Pará, estamos dentro da Amazônia, então temos propriedade para falar e mostrar essa região”, declarou.
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